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Um casal de franceses foi detido e indiciado por ter espancado seu filho recém-nascido. A polícia interveio após ter sido alertada por um internauta que viu fotos do bebê publicadas no Facebook pelo pai da criança.
Uma pessoa próxima ao casal ligou para a polícia após ter visto na rede social uma foto do recém-nascido que lhe pareceu "anormal". Na imagem, o rosto da criança com apenas um mês de idade parecia estar coberto de manchas roxas. saiba mais RJ: babá é suspeita de matar bebê por não aguentar mais o choro Bebê é internado com fraturas no braço; pai é o principal suspeito Leia mais sobre Violência contra criança
A mãe, de 19 anos, foi convocada a se apresentar imediatamente na delegacia em Tergnier, no nordeste da França, onde reside o casal. Quando ela chegou ao local, na semana passada, os policiais acharam que o estado do bebê parecia ainda mais grave do que na foto divulgada no Facebook.
A criança foi transportada de urgência ao hospital de Amiens, no nordeste da França. Exames revelaram duas hemorragias intracranianas. Médicos informaram que o bebê poderá sofrer graves sequelas.
No interrogatório, segundo fontes policiais citadas pela imprensa francesa, o pai, de 25 anos, declarou ter publicado no Facebook a foto do filho espancado "para se divertir".
Gritos
De acordo com a polícia, o pai reconheceu os atos de violência e afirmou que batia no recém-nascido à noite porque "não aguentava seus gritos e choro". As agressões teriam ocorrido regularmente desde o nascimento da criança. O pai admitiu ter batido e sacudido o bebê. A mãe disse à polícia que não alertou as autoridades "por medo de perder o marido".
Segundo o jornal Aisne Nouvelle, o casal é conhecido na vizinhança por brigas e pelo elevado consumo de álcool. "Toda a vez que a polícia aparecia no bairro era por causa deles", disse uma moradora à publicação regional. "Eu via o bebê todos os dias. Roxos no olhos, arranhões... Os pais diziam que ele se machucava com os brinquedos", afirmou outra moradora do bairro.
Autoridades ligadas às investigações afirmaram que os pais do bebê, ambos desempregados, vivem em situação de "miséria social".