Pai do penta vira a cara do maior vexame da sele��o brasileira

Publicada em 09 de Julho de 2014 �s 07h32

Técnico Luiz Felipe Scolari, o Felipão, leva as mãos à cabeça com goleada sofrida pelo Brasil contra a Alemanha Imagem: UolT�cnico Luiz Felipe Scolari, o Felip�o, leva as m�os � cabe�a com goleada sofrida pelo Brasil contra a AlemanhaSentado no banco de reservas do Mineir�o, Luiz Felipe Scolari v� um erro do seu time em campo. Levanta, leva as duas m�os � boca, como quem vai gritar e quer que o som seja propagado. Antes de dizer um ai, por�m, desiste e desfaz o seu autofalante improvisado. Parece que o t�cnico, ent�o, se d� conta do que o placar lhe mostrava: 7 a 0 para a Alemanha. Nada que falasse iria adiantar. E Felip�o, o t�cnico brasileiro com mais vit�rias em Copas, o pai do pentacampeonato, o salvador da p�tria para o Mundial no Brasil, volta para o banco e aceita a sua condi��o de derrotado. Numa sele��o sem nenhum jogador campe�o do mundo era ele quem tinha mais a perder em caso de fracasso. E desde o in�cio era sabido – e defendido pela comiss�o t�cnica e diretoria da CBF - que tudo que n�o fosse t�tulo seria visto como tal. O que ningu�m ousou prever � que havia a possibilidade de algo pior que isso, que uma queda, uma derrota em casa, uma elimina��o. Era o vexame. saiba mais Empresa envolvida com cambistas � suspeita de superfaturar di�rias em hot�is Bancos funcionam de 8h30 a 12h30 hoje; ag�ncias n�o abrem em SP na quarta Alemanha se prepara para a quarta semifinal seguida na Copa do Mundo Suspeito de chefiar venda ilegal de ingressos da Copa � solto no Rio Brasil tenta ir � final com time que nunca jogou junto Leia mais sobre Copa 2014 O tempo dir� qual a imagem que fica para a hist�ria do segundo t�cnico que teve a chance de comandar o Brasil numa Copa disputada no pa�s. Se a dele com os bra�os aberto e os punhos cerrados correndo como uma crian�a em Yokohama em 2002, ap�s a vit�ria sobre os alem�es, ou a do grito contido, da vergonha, do vexame pela derrota hist�rica em Belo Horizonte, a maior j� sofrida por uma sele��o brasileira em 100 anos de hist�ria. "N�o tenho nem d�vida nem cr�dito. Fui em 2002 e ganhamos. Agora todos n�s perdemos. Mas a escolha foi minha", resumiu um Felip�o arrasado, minutos ap�s a partida. Ao assumir a sele��o como salvador em 2012, ele esbanjou confian�a, mostrou ser detentor de um cr�dito com a torcida e opini�o p�blica que nenhum outro nome teria no seu cargo. A vit�ria na Copa das Confedera��es s� ampliou a sensa��o de que o t�cnico estava acima do bem e do mal. Foi assim, com popularidade in�dita para um t�cnico de sele��o e sem contesta��es em rela��o a suas escolhas que come�ou a Copa do Mundo. A bola rolou e a fantasia da Copa das Confedera��es virou uma realidade bem diferente. O time tinha mais erros que acertos, sofria para vencer rivais fracos e dava pinta de que se apavorava com isso. Primeiro era a tens�o da estreia, contra a Cro�cia, depois a teoria de que a "natureza n�o dava saltos", contra o M�xico e Camar�es. O sufoco contra o Chile veio por desequil�brio emocional dos jogadores, como fez quest�o de vazar o t�cnico para um grupo de seis jornalistas convidados para uma conversa na Granja Comary, em Teres�polis. Tudo tinha explica��o. E a solu��o foi apontada por ele mesmo. Simples, o velho Felip�o voltaria � cena. "Estamos sendo muito educados, cavalheiros. Est� na hora de eu voltar um pouco ao meu estilo: ser agressivo. N�o estou conseguindo aguentar mais", avisou. O t�cnico que aposta no tudo ou nada para vencer, no "n�s contra todos", na emo��o e na comunica��o com os jogadores iria comandar a sele��o. O que se viu foi um Felip�o reclamando de tudo e todos, achando inimigos e defendendo que havia um compl� contra a sele��o brasileira. Nunca, por�m, conseguiu explicar por que Fifa e organiza��o da Copa n�o queriam o seu sucesso. Desconfiar de tudo e de todos parecia ser o seu lema. E foi assim at� o final. Antes do jogo contra a Alemanha, Felip�o teve apenas um treinamento os jogadores titulares. Foi na segunda-feira, em Teres�polis. A forma��o de time que entrou em campo no Mineir�o, com Maicon na lateral e Bernard na frente, foi testada por �ltimo, durante poucos minutos, menos do que outras duas alternativas ventiladas pelo t�cnico. "Fiz isso porque voc�s (jornalistas) estavam l�", admitiu Scolari ap�s a goleada. "Voc�s cobrem o treino, escrevem. O advers�rio escuta e v�. A gente quer confundir", completou. Parecia que Felip�o queria cada vez mais aumentar a sua lista de rivais. Agora, ele ter� que conviver com o que at� ontem era o seu maior aliado. A hist�ria virou seu inimigo. Pois ela conta que o dia 8 de julho de 2014 marca a maior derrota do Brasil no futebol e Luiz Felipe Scolari foi a cara desse fracasso.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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