Os perfis em redes sociais dos membros da quadrilha desbaratada pelo Grupo Interinstitucional de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Grincot) na Operação Fantasma também foram analisados na investigação. Segundo o Delegado Josimar de Sousa Brito os perfis não foram o principal ponto da investigação, mas colaboram para mostrar a incongruência entre o estilo de vida dos investigados e seus rendimentos.
“Levantamos tudo isso e observamos também. Não foram os elementos mais importantes porque buscamos provas mais robustas para mostrar que o padrão de vida dos suspeitos não estava relacionado aos rendimentos”, comentou o delegado. As redes sociais dos presos mostram viagens, pelo Brasil e pelo exterior, assim como outros gastos que não possuem ressonância com os ganhos declarados. Um dos líderes do grupo mostrou viagens a países como França, Estados Unidos e estados no Brasil.
De acordo com o delegado Josimar de Sousa Brito os produtos apreendidos, cinco carros novos e 14 caminhões, demonstram a possível fraude realizada pelos presos. “Eles estão no topo da organização. Tem uma quantidade de bens considerável e não tem a quantidade de recursos que comprovem a capacidade de ter estes bens”, destacou o delegado acrescentando que na fraude os suspeitos abriam empresas fantasmas para poder burlar a cobrança de impostos.
A quadrilha agia em três estados e segundo auditores fiscais da Secretaria de Fazenda do Piauí teria desviado de R$ 81 milhões do fisco e gerado uma dívida ativa de R$ 170 milhões ao erário. A maioria dos mandados de prisão foram cumpridos em Campo Maior e dois em Teresina. “Temos cinco dias para concluir que podem ter prorrogação para a conclusão depois de 10 dias”, finalizou o delegado Josimar de Sousa Brito.