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Os Intocáveis: PF alertará Int

Os Intocáveis: PF alertará Interpol sobre milicianos foragidos.

Publicada em 25 de Janeiro de 2019 �s 07h58


RIO - O Ministério Público estadual pediu à Polícia Federal que seja emitido um alerta à Interpol para incluir os sete foragidos da Operação Os Intocáveis em sua lista de procurados. O principal nome é o de Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), acusado de ser o chefe da milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste. A caçada à quadrilha teve início na última terça-feira, quando o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP do Rio, com o apoio da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco), deflagrou a operação para desarticular o grupo paramilitar, considerado um dos mais perigosos da cidade.

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Na operação, promotores e policiais tentaram cumprir 63 mandados de busca e apreensão nas residências de 13 suspeitos e em locais considerados possíveis esconderijos. Um dos endereços visitados foi o da associação de moradores da comunidade, que é, segundo a investigação, controlada pela quadrilha. Seis pessoas foram presas.

Além de Adriano, são procurados Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba; Fabiano Cordeiro Ferreira, o Mágico, Marcus Vinícius Reis dos Santos, o Fininho; Geraldo Alves Mascarenhas; Júlio Cesar Veloso Serra; e Daniel Alves de Souza. Todos já foram denunciados pelo Ministério Público estadual por organização criminosa armada, homicídio, grilagem de terras e agiotagem.

Caso Marielle
Os promotores estão analisando as provas apreendidas nos locais das buscas, que foram autorizadas pelo 4º Tribunal do Júri. O que mais chama a atenção é a grande quantidade de documentos de transações imobiliárias e cheques, encontrados em dois cofres. Um deles estava no apartamento 601 do Condomínio Moradas do Itanhangá, que funcionava como escritório dos milicianos. Nele, foram achados 200 cheques e R$ 50 mil. No apartamento de cima, o 701, morava Laerte Silva de Lima, acusado de ser o agiota do bando. Ele também foi preso.

Um outro cofre foi apreendido na Associação de Moradores de Rio das Pedras, com cerca de R$ 70 mil, além de vários documentos de promessa de venda de imóveis, que tinham o aval dos dirigentes da entidade. Para os investigadores, há indícios de que a associação servia como uma espécie de “cartório” para dar uma fachada de legalidade aos negócios ilícitos da milícia. Como os imóveis da favela não têm escritura, por serem áreas invadidas, era Beto Bomba quem dava o aval para esquentar a documentação irregular, com precários títulos de propriedade assinados por ele e seus cúmplices.
Tags: Os Intocáveis: PF - RIO - O Ministério

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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