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Os bons, os talentosos e os ex

Os bons, os talentosos e os excepcionais.

Publicada em 27 de Agosto de 2013 �s 10h54


 Muitas vezes somos surpreendidos por novos talentos no esporte. Surgem rapidamente, conquistam bons resultados despertam expectativas e acabam, muitas vezes, se situando numa zona de conforto em termos de resultados despertando a pergunta do por que não conseguiram chegar lá.

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Outros despontam e conquistam bons resultados, mas nunca são os favoritos. Podem ser as surpresas e às vezes o são. É um grupo que se divide entre os que chegam lá e aqueles que todos conhecemos como eternas promessas.

Os excepcionais são as aves raras do esporte. Fazem dele a emoção que mexe fundo com todos nós e a certeza de que o ser humano sempre pode surpreender, se superar e buscar mais. Sempre mais. Esse grupo é um clube restrito onde se reúnem os excepcionais.

Temos exemplos em várias modalidades para brincar com o alfabeto dá para ir de A a X do atletismo com Adhemar Ferreira da Silva ao xadrez com Mequinho. Essa elite de atletas tem a capacidade de superar as adversidades e uma força psicológica incomum. Isso os coloca num patamar diferente de todos os demais.

Num dos inúmeros torneios de tênis que cobri durante minha carreira tive uma conversa tranquila com o então numero um do mundo, o sueco Mats Villander. Conversamos sobre esporte em geral e ao chegarmos à questão de ser o melhor do mundo ele foi claro: “o jogo do numero 1 e do numero 15 não tem muita diferença, a forma como encaramos o jogo e tomamos as decisões sim”. Logo, para os melhores a pressão é apenas mais um dos componentes do esporte.

Nesse seleto grupo a judoca Sarah Menezes está entrando com todos os méritos. Favorita ao ouro no primeiro dia do Mundial de Judô ficou com o bronze. Ué os excepcionais não vencem sempre? Não caso contrário isso não seria esporte. Ela modestamente reconheceu que na semifinal perdida faltou agressividade e ficou ali uma lição. Foi para a final pelo bronze com a vontade de uma leoa e emocionou a todos e num golpe perfeito finalizou a luta com a norte coreana.

Mais que a vitória por ippon Sarah lutou contra o favoritismo, a obrigação de vencer e a pressão de lutar em casa com a casa cheia o que não é, convenhamos, o normal para nossos judocas. Superou tudo isso e conquistou nossa primeira medalha. Tal qual em Londres Sarah abre caminho para a equipe brasileira.

No país do carnaval não poderíamos ter uma abre-alas melhor. Parabéns a Sarah e ao Judô do Brasil.
Tags: Os bons, os talentos - Sarah Menezes está - Sarah Menezes

Fonte: R7 �|� Publicado por: Da Redação
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