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ONU: consumo de drogas atinge 243 milhões de pessoas no mundo

Publicada em 26 de Junho de 2014 �s 08h09


   Imagem: Cerca de 5% da população mundial entre 15 e 64 anos, o que corresponde a uma média de 243 milhões de pessoas, usa drogas ilícitas segundo dados divulgados pelo Relatório Mundial sobre Drogas da ONU (Organização das Nações Unidas). O estudo indica, no entanto, que o consumo permanece estável, aumentando proporcionalmente com o crescimento da população. A divulgação do relatório foi feita em Viena (Áustria) nesta quinta-feira (26), concomitantemente com o Dia Internacional contra o Abuso de Drogas e Tráfico Ilícito. Dados do Relatório Mundial sobre Drogas   Total de usuários de drogas  Em média, cerca de 243 milhões de pessoas no mundo usa drogas ilícitas     Usuários "problemáticos"  São em média 27 milhões (dependentes ou que têm distúrbios ligados à droga)     Mortes por abuso  Cerca de 200 mil pessoas morreram em 2012 devido às drogas     Subestâncias psicoativas  O número de novas drogas dobrou entre 2009 e 2013 Fonte: ONU     Elaborado pelo Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês), o relatório aponta também a existência de uma média de 27 milhões de usuários de drogas problemáticos (aqueles que consomem drogas regularmente ou os apresentam distúrbios ou dependência). Isso corresponde a cerca de 0,6% da população adulta mundial ou 1 em cada 200 pessoas. Os dados são de 2012 e foram fornecidos à entidade pelos países participantes do levantamento. Outro dado preocupante, segundo o estudo, é que apenas um em seis usuários de drogas tem acesso ou recebe algum tipo de tratamento para dependência de drogas a cada ano. Em 2012, ocorreram 200 mil mortes relacionadas a drogas. "Países emergindo de conflitos ou escapando da crise econômica podem ser esmagados por drogas ilícitas que atravessam suas fronteiras", destacou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em comunicado. O secretário-geral da ONU chamou ainda a atenção da comunidade internacional para que intensifique o combate às droga, como forma de evitar o aumento da violência e o enfraquecimento de instituições essenciais do Estado. O diretor-executivo do UNODC, Yury Fedotov, apontou ainda a necessidade de um foco maior na saúde e nos direitos humanos dos usuários de drogas, especialmente daqueles que fazem uso de drogas injetáveis e que vivem com HIV. Em 2016, a ONU pretende levar o problema das drogas à pauta da Assembleia Geral. Queda da cocaína e da maconha De acordo com o relatório, houve queda na disponibilidade de cocaína no mundo devido à menor produção de 2007 a 2012. Porém, o uso permanece alto na América do Norte, apesar de os números caírem na região desde 2006. Na América do Sul, o consumo de cocaína e o tráfico se tornaram mais proeminentes. A ONU destaca em seu relatório que o Brasil é um país vulnerável ao tráfico de cocaína, devido à sua geografia estratégica no tráfico para a Europa, mas também ao fato de ser um mercado consumidor devido à grande população urbana. Citando dados da Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas), o estudo indica que 3% dos estudantes universitários, de todas as idades, usam cocaína. A África, prossegue, teve aumento no uso de cocaína em razão do crescimento do tráfico pelo continente. Já o maior poder de compra tornou alguns países asiáticos mais vulneráveis ao uso dessa droga. O uso de maconha apresentou um declínio no mundo, segundo a ONU. Porém, na América do Norte, o consumo aumentou: isso porque, na região, usuários da droga acreditam que ela oferece riscos menores à saúde. A entidade afirma que ainda é cedo para entender os efeitos da legalização da droga em alguns países. No entanto, o relatório aponta que há um maior número de pessoas procurando tratamento para transtornos relacionados à cannabis, o que demonstraria aumento da dependência da droga. O aumento de dependentes da maconha também é percebido no Brasil, informou a Senad à ONU, baseada em dados colhidos em 2012. Enquanto isso, o país está em sétimo lugar no combate ao plantio e à produção da droga. Drogas sintéticas e opiáceos A ONU afirma que as apreensões de metanfetamina mais que dobraram globalmente entre 2010 e 2012. Na América do Norte, a fabricação dessa droga aumentou: das 144 toneladas de estimulantes apreendidas globalmente, metade foi interceptada na região. O Afeganistão continua como o maior país produtor de ópio, representando 80% da produção global. Além disso, em 2013, a produção global de heroína também voltou aos altos níveis testemunhados em 2008 e 2011. Os Estados Unidos, a Oceania e alguns países da Europa e da Ásia têm visto usuários alternarem o consumo entre heroína e opioides farmacêuticos – a tendência deve-se, em grande parte, aos baixos preços e à acessibilidade. O número de novas substâncias psicoativas não reguladas no mercado global mais que dobrou entre 2009 e 2013, chegando ao total de 348.  

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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