Publicada em 05 de Fevereiro de 2013 �s 15h10
Nesta segunda e terça (4 e 5), representantes de diversos segmentos ligados ao fortalecimento do turismo regional estiveram reunidos no auditório do Centro de Educação Ambiental, em Teresina, e no auditório da Universidade Estadual em Piripiri, para participar das audiências Públicas do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS) do polo de Teresina.
Os trabalhos foram conduzidos pela coordenadora do Prodetur (PI), Doraneide Rodrigues, técnica do Ministério do Turismo e da Empresa Ambiense, que realizou o diagnóstico nos municípios. Na ocasião, foram apresentadas ao público presente, as primeiras impressões coletadas nas pesquisas de campo, onde foram levantados quesitos ligados a meios de hospedagem, iniciativa privada, gestão e comercialização do produto turísticos, mobilidade das cidades, sinalização turística e até a visibilidade dos municípios na internet.
Segundo o técnico da consultoria Ambiens, Josias Rickles, foram analisados os aspectos socioambientais, análise institucional, infraestrutura e serviços e mercado turístico. “Podemos verificar que em quesitos como mobilidade, os municípios como Teresina, Piripiri e Piracuruca estão com uma posição de destaque em relação as demais cidades do polo. Ao mesmo tempo, detectamos a baixa inserção da iniciativa privada e uma fragilidade dos meios de hospedagem em todo o Polo Teresina”, disse o técnico.
No quesito visibilidade, onde é pesquisado no Google inserções positivas dos municípios, tiveram destaque os municípios de Teresina, Pedro II, Campo Maior, Castelo do Piauí e Piripiri. As cidades de Teresina, Piripiri, Campo Maior e Pedro II se destacam turisticamente no campo da gestão e comercialização dos produtos turísticos, sendo que Piripiri e Campo Maior surgem como um núcleo de distribuição, por fazerem parte de um entroncamento.
Como sugestão após o diagnóstico realizado, foi apresentado aos órgãos presentes uma divisão do Polo Teresina como forma de otimizar os investimentos, onde a capital Teresina pode se voltar juntamente com Monsenhor Gil, Castelo do Piauí, Buriti dos Montes e Santa Cruz dos Milagres para o turismo social e religioso e os demais municípios para o turismo cultural e ecoturismo.
Após a apresentação do diagnóstico, as instituições presentes foram ouvidas. Segundo o representante do Sindetur, José Trabulo Júnior, é preciso evidenciar no PDTIS a vocação de Teresina para o turismo de negócios e eventos. “Senti falta do turismo de negócios e eventos, não podemos ignorar que 50 % dos hotéis de Teresina vivem desse turismo”, disse.
A coordenadora do Prodetur, explicou aos presentes que era preciso ficar claro que o PDITS não era de Teresina e sim de um Polo com 14 municípios, e que Teresina já possui seu próprio PDITS onde esses itens, como o turismo de negócios, de saúde e eventos estão bem destacados. “Entendemos a ansiedade de cada representante em procurar destacar o potencial específico das suas cidades no Plano, mas precisamos entender que o PDITS Polo de Teresina deve revelar o diagnótico dos 14 municípios que o compõe. Aqui não focamos no maior município, ou no que já está mais desenvolvido turisticamente. Nosso objetivo é procurar um retrato do Polo para buscarmos a melhor forma de desenvolvê-lo”, explica. Durante as audiências públicas, cada observação feita pelas instituições presentes passam a constar em ata e serão avaliadas pela consultoria como forma de melhorar o documento.
Sobre o Plano Destaca-se que o referido plano está sendo construído com a participação efetiva dos municípios e acompanhamento da Setur, por meio da coordenação do Prodetur Piauí, com o auxílio de uma comissão de análise composta por técnicos de órgãos e secretarias estaduais. O processo de elaboração do PDITS é decorrente de análises efetuadas e levantamentos oriundos do Diagnóstico Estratégico, e informações dos municípios envolvidos.
Na definição das estratégias e ações, consideraram-se também os principais atrativos turísticos existentes no Polo analisados no diagnóstico estratégico e que acabaram por nortear a definição dos segmentos-meta do ecoturismo e do turismo náutico. São contemplados os seguintes municípios: Teresina, Altos, Buriti dos Montes, Campo Maior, Castelo do Piauí, Esperantina, José de Freitas, Lagoa do Piauí, Monsenhor Gil, Pedro II, Piripiri, Piracuruca, União e Santa Cruz dos Milagres.
De acordo com o secretário do Turismo, Marco Bona, as ações elencadas não significam uma proposta de mudança, mas sim, de tentativa de consolidação cada vez maior do turismo na região. “Queremos consolidar o que já existe, valorizar o potencial maravilhoso que a região possui”, destacou. Quanto aos municípios que não foram inseridos no PDITS, ele disse que todos serão indiretamente beneficiados.