A população de 12 bairros da Zona Sul de teresina reclama da demora na conclusão da obra do Hospital do Monte Castelo, que se arrasta há três anos. Enquanto aguardam conclusão da reforma, pacientes são obrigados a procurar atendimento em outras regiões da cidade.
Desde do começo da obra, o Centro Pastoral Lar de Betânia foi improvisado salas e consultórios para as consultas médicas, mas acaba não atendendo a demanda. O estudante Marcos Vinícius sofre de anemia falciforme e reclama de não ter conseguido atendimento perto de casa.
"Esse ano eu precisei fazer transfusão de sangue e não tive assistência no Hospital do Monte Castelo. Eles então me transferiram para o Satélite e chegando lá as atendentes negaram a fazer a minha internação. Voltei para casa de ônibus e esperei um mês para falar com o meu médico no posto de saúde", contou.
A professora Iranildes Machado falou da dificuldade para ter acesso ao médico. "O grande problema para marcar uma consulta é por causa da senha, que para receber é preciso o paciente estar às 11h e somente duas horas depois conseguir agendar uma consulta, isso quando não precisa voltar outras vezes", destacou.
A reforma do Hospital do Monte Castelo começou em 2011 e a previsão de entrega era para o ano seguinte. O projeto prévia duplicar a quantidade de atendimentos e R$ 1.600 milhão foram destinados a obra, que está há dois meses parada.
Em nota, a assessoria de comunicação da Fundação Hospitalar informou que a empresa responsável pela reforma da unidade de saúe do Monte Castelo solicitou o rompimento do contrato, alegando que não havia condições de finalizar a obra.
Uma nova licitação foi feita no fim do mês de março e a previsão é que a construção seja retomada o quanto antes.