Obra nas imedia��es da Arena Castel�o ser�o conclu�das quatro dias antes do primeiro jogo

Publicada em 11 de Junho de 2013 �s 09h34

Por um lado o est�dio Castel�o, que vai abrigar os jogos da Copa das Confedera��es, em Fortaleza (CE), foi a primeira arena a ficar pronta entre todas as cidades-sede; por outro, ao sair do est�dio, os poss�veis problemas relativos � mobilidade tornam-se vis�veis. A avalia��o � do arquiteto e urbanista Renato Pequeno, professor do Departamento de Arquitetura da Universidade Federal do Cear� (UFC). "O entorno do Castel�o n�o est� pronto. Quando se pensa em como chegar ao est�dio, a� se tem um problema", disse em entrevista � Ag�ncia Brasil. De acordo com a Secretaria Municipal Extraordin�ria da Copa (Secopafor), as obras de mobilidade nas imedia��es do Castel�o - previstas para a Copa das Confedera��es - ser�o entregues no dia 15 de junho, quatro dias antes do primeiro jogo em Fortaleza, que ocorre no dia 19. O �rg�o destacou que o compromisso firmado com a Federa��o Internacional de Futebol (Fifa) para estes jogos � a conclus�o do alargamento da Avenida Alberto Craveiro e constru��o de uma rotat�ria ao lado do est�dio. A Secopafor informou que 80% dessa obra est�o conclu�dos. As demais obras de mobilidade, sob a responsabilidade da Secopafor, ser�o conclu�das somente para a Copa do Mundo. O acordo com a Fifa inclui a constru��o de um t�nel por baixo da rotat�ria que ligar� a Avenida Paulino Rocha (obra 43% conclu�da) � Via Expressa (5% conclu�da). Esta via interliga a regi�o do est�dio � zona hoteleira da capital. As obras na Avenida Ded� Brasil, tamb�m nos arredores do Castel�o, est�o com 9% em andamento. Para a secretaria, os transtornos no tr�nsito em dois dos 25 eventos ocorridos no est�dio desde dezembro, quando reinaugurado, estavam relacionados �s obras da Avenida Alberto Craveiro ainda em andamento. O �rg�o espera que, com a conclus�o da obra antes dos jogos, essas dificuldades com grandes engarrafamentos na �rea, sejam superadas. Os transtornos ocorreram principalmente em um show internacional e em uma partida de futebol que contaram com um p�blico de mais de 50 mil pessoas. A capacidade do Castel�o, ap�s a reforma, � 63.093 mil lugares. Al�m das obras vi�rias a serem executadas pelo munic�pio, o governo estadual tem o compromisso de construir mais duas esta��es da linha de metr� da capital e o Ve�culo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba-Mucuripe, que vai ligar a zona hoteleira � �rea do est�dio. A previs�o de entrega dessas obras, no entanto, � primeiro trimestre de 2014, antes dos jogos da Copa do Mundo. Para Renato Pequeno, mesmo que sejam conclu�das no tempo previsto para os jogos, essas obras de mobilidade n�o correspondem �s principais dificuldades de mobilidade urbana que a cidade enfrenta. Ele destacou que Fortaleza teve sua frota de ve�culos mais que duplicada na �ltima d�cada, passando de 422,5 mil em 2003 para 854,3 mil em mar�o deste ano. "Paralelamente, n�o houve expans�o do sistema vi�rio. Independentemente da Copa do Mundo, a cidade j� trazia todos esses problemas", avaliou. O professor acredita que, com o an�ncio, em 2007, de que os jogos da Copa das Confede iriam ocorrer no Brasil, houve uma concentra��o de esfor�os e investimentos para a reforma do est�dio e para a constru��o e reforma de vias que facilitassem o acesso � arena. "As obras de mobilidade atendem o destino Castel�o e n�o resolvem os grandes gargalos da cidade", disse. Ele explicou que o est�dio est� localizado em faixa intermedi�ria, no meio da cidade, e que os principais problemas concentram-se nas regi�es oeste e leste do munic�pio. "Temos uma parte a oeste que � bem mais densa e pobre, cheia de favelas e com muitas �reas de ocupa��o. A leste h� uma parte que ainda tem vazios urbanos, uma �rea que concentra boa parte dos shoppings centers, �reas onde se expandem condom�nios fechados. � a regi�o onde se tem um com�rcio voltado para a popula��o mais abastada e que d� continuidade � �rea mais verticalizada, na orla mar�tima, que concentra os hot�is e os bairros da classe m�dia alta", descreveu. O urbanista disse que a especula��o imobili�ria � um dos resultados desse processo de investimento concentrado nessa regi�o. "A partir da implanta��o dessas obras, essas �reas v�o ser destinadas a um p�blico de renda m�dia e m�dia alta. Elas ficam sem ocupa��o no momento, servindo � especula��o. A meu ver, essas obras de mobilidade atenderiam ou atender�o, no futuro, o deslocamento da popula��o que vier a morar naquela dire��o", avaliou. O impacto social provocado por essas obras relacionadas � Copa do Mundo tamb�m s�o questionadas pelo professor. "S�o obras que est�o levando a milhares de remo��es. Essas fam�lias est�o sendo destinadas a morar em espa�os mais perif�ricos: as obras est�o� gerando exclus�o social e territorial", critica. Segundo o governo do Cear�, cerca de 2.140 fam�lias ter�o seus im�veis atingidos total ou parcialmente pela obra do VLT. Entre as op��es de repara��o oferecidas �s fam�lias, o governo estadual apontou indeniza��es, casas do Programa Minha Casa, Minha Vida e unidades em um conjunto habitacional que, de acordo com o �rg�o, contar� com infraestrutura vi�ria, de sa�de e de lazer.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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