O presidente norte-americano, Barack Obama, pediu hoje (3) que os aliados europeus aumentem as despesas militares, após encontro com o presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, na capital do país, Varsóvia. “Vemos um decréscimo contínuo. Isso deve mudar”, disse o chefe de Estado norte-americano na capital polaca, lamentando os cortes aplicados na Europa na despesa militar devido à crise econômica. Obama disse que, salvo algumas exceções, como a Polônia, os países europeus não têm feito a sua parte do trabalho no seio da aliança, o que ficou exposto na crise ucraniana. “Querem ser membros plenos quando se trata da sua defesa, o que significa que também têm de ser [membros plenos] quando é preciso contribuir. É uma questão inseparável”, explicou Obama, em entrevista. Ele lembrou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi a “pedra fundamental” da segurança dos Estados Unidos, mas que o país não pode fazer isso sozinho. “Temos de assegurar que todos que são membros plenos da Otan têm uma associação de forma plena”, acrescentou. Obama falou durante entrevista conjunta com o presidente Komorowski, que anunciou nesta terça-feira que, dada a nova situação em matéria de segurança após a anexação da República Autônoma da Crimeia pela Rússia, o governo de Varsóvia decidiu aumentar as despesas de defesa de 1,95% do Produto Interno Bruto para 2%. O líder norte-americano iniciou hoje na Polônia uma visita pela Europa. Ele passará também pela Bélgica e pela França.