Publicada em 09 de Março de 2015 �s 10h22
Núcleo de Defesa da Mulher (Foto:Lázaro Lemos)
O Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência da Defensoria Pública Estadual (DPE-PI) realizou, na última sexta-feira (6), uma atividade alusiva ao Dia Internacional da Mulher, voltada para adolescentes grávidas em situação de vulnerabilidade, atendidas pelo projeto Casa Maria Menina, com sede no bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste de Teresina.
A palestra foi proferida pela defensora titular da 1ª Defensoria Pública da Mulher, Lia Medeiros do Carmo Ivo, e contou com as presenças do defensor Titular da 3ª Defensoria Pública da Mulher, Armano Carvalho Barbosa, do diretor de Núcleos Especializados da DPE-PI, Alessandro Andrade Spíndola, e da equipe de servidores e estagiários do Núcleo da Mulher. O Núcleo de Defesa da Mulher conta, ainda, com a atuação da defensora titular da 2ª Defensoria Pública da Mulher, Verônica Acioly de Vasconcelos.
Além das adolescente atendidas pelo projeto, participaram das atividades a psicóloga Denise Rocha, que faz o acompanhamento das jovens, e a irmã Socorro, da Coordenação da Casa Maria Menina.
Durante a palestra, as adolescentes receberam orientações quanto aos direitos da mulher vítima de violência doméstica e familiar, previstos na Lei Maria da Penha, bem como noções sobre os serviços disponibilizados pela DPE-PI. Na oportunidade, as futuras mães receberam, também, material explicativo sobre a Lei.
Segundo Lia Medeiros, o Dia Internacional da Mulher deve sempre ser encarado como uma oportunidade de disseminar os direitos e conquistas da mulher. “Tão importante quanto acolher mulheres vítimas de violência ou em situação de vulnerabilidade é adotar políticas de prevenção para que essas mulheres não sejam vítimas de crimes no futuro. A nossa ideia é, além de promover a conscientização, que elas sejam agentes multiplicadores desses direitos e orientações”, destacou a defensora.
Com 16 anos de fundação, a Casa Maria Menina auxilia adolescentes de 12 a 17 anos durante o processo de gravidez, até seis meses após o parto. São meninas que convivem em meio a um cenário de risco e preconceito, onde os laços familiares e comunitários já estão fragilizados. O projeto procura intervir na realidade dessas adolescentes, promovendo ações que possibilitam uma gestação saudável e a redefinição dos vínculos familiares e sociais. A Casa tem como prática uma intervenção qualificada junto às adolescentes e seus grupos familiares, compreendendo ações e atenções que favoreçam a promoção de direitos e o fortalecimento da função protetiva da família. O projeto, que atende adolescentes encaminhadas pelos Conselhos Tutelares de Teresina, funciona na Quadra 76, Casa 2, no Conjunto Dirceu Arcoverde I.
Dia Internacional da Mulher
A história de luta por igualdade de direito entre homens e mulheres teve início a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil na cidade de Nova York, no início do Século XX, que vitimou cerca de 130 operárias que reivindicavam seus direitos juntos à classe patronal. A tragédia, ocorrida no mês de março, marcou o início da trajetória de luta pelos direitos da mulher ao longo do século passado.
Em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres, mas foi na década de 60 que o movimento feminista ganhou força. Já, no ano de 1975 foi comemorado oficialmente o Ano Internacional da Mulher e, em 1977, o 8 de Março foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.
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