Publicada em 07 de Fevereiro de 2016 �s 09h15
O secretário de Estado da Saúde, Francisco Costa, já articulou junto a Procuradoria Geral do Estado (PGE), para recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União(TCU) que cancelou a licitação para construção do novo Hospital de Picos. A anulação refere-se ao processo licitatório iniciado em 2013.
"O questionamento do TCU é sobre o processo licitatório realizado no ano de 2013. Em agosto de 2015, repactuamos com a construtora a nova proposta do hospital, onde faríamos, inicialmente, a primeira etapa da obra, com condições funcionais, onde teríamos um hospital com 80 leitos", explica Costa.
Surpreso com a decisão, o secretário em entendimento com o governador Wellington Dias, que acionou toda a estrutura da PGE, afirma que foi encaminhado para que se faça todas as medidas necessárias para revertermos a situação. "A gente passa essa tranquilidade para a população. A PGE está discutindo a melhor saída. Somente se perceber que não é possível reverter, partiríamos para um novo processo licitatório. A nossa preocupação é que para fazer um novo processo licitatório é uma demora muito grande, o que atrasaria muito o cronograma. Vamos mostrar as evidências do ritmo que está a obra, sensibilizando os ministros do TCU para que entendam a realidade. Não podemos penalizar a sociedade diante do que consideramos erros formais, que aconteceram lá em 2013 no processo licitatório”, afirma.
A obra foi retomada no dia 14 de janeiro, já com os ajustes no projeto, inclusive com uma redução em relação ao preço original. A expectativa é que na quinta, 11, logo após o Carnaval, a equipe da PGE esteja em Brasília discutindo o processo.
Novo hospital de Picos
As obras novo hospital de Picos foram retomadas no dia 13 de janeiro, após quatro anos paralisadas. O investimento é de R$ 51,6 milhões, sendo R$ 34,6 milhões de emenda parlamentar do deputado Assis Carvalho e contrapartida de R$ 17 milhões do Governo do Estado. A Prefeitura de Picos contribuiu com a doação do terreno.
O hospital foi projetado para atender a meio milhão de pessoas de 70 municípios, com 260 leitos de enfermaria, 24 leitos de UTI (sendo 8 de UTI Pediátrica, 6 de Neonatal, 10 de UTI adulto), quatro salas de parto normal, central de processamento de resíduos, auditório com 150 lugares, refeitório e biblioteca.
O hospital deve ser construído em duas etapas. Na primeira etapa, serão construídos 50 leitos, salas de cirurgias e UTIs, no primeiro pavimento. No projeto final, serão 260 leitos em três pavimentos.
A estrutura da unidade de saúde também funcionará como hospital escola para implantação do curso de Medicina pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). O curso de Medicina será iniciado no segundo semestre de 2016. A Universidade já lançou o processo de seleção de professores e o Enem 2015 será usado como base para o Sisu 2016.2.