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Novo esqueleto encontrado com

Novo esqueleto encontrado com braceletes indica existência de 'templo' indígena em Guaribas.

Publicada em 13 de Setembro de 2023 �s 11h26


 Arqueólogos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) encontraram um novo esqueleto em um sítio na zona rural de Guaribas, na região do Parque Nacional Serra das Confusões, o mesmo local onde foi encontrado o esqueleto de uma adolescente enterrada com um crânio de anta. O esqueleto foi batizado de "Raulzito".

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O esqueleto é de um homem adulto, de meia idade, e foi achado inteiro, deitado com os braços cruzados e com um fragmento de cerâmica cobrindo o rosto (foto acima). O homem foi sepultado com dois braceletes, usados acima dos cotovelos, e um colar, todos feitos com centenas de contas de osso polido manualmente (foto abaixo).

"Esse uso de cerâmica em sepultamentos indígenas acontecem em diferentes estados. Já foram resgatados assim na Bahia, Sergipe, Pernambuco... É uma das formas como enterravam seus mortos", explicou a professora Cláudia Cunha, do Laboratório de Osteoarquelogia (LOA) da UFPI.

Esse homem que teve um enterro tradicional indígena, mas dificilmente é possível determinar causa de morte de um indivíduo arqueológico. O esqueleto foi trazido para Teresina, para ser limpo e estudado.

O local onde os esqueletos foram encontrados fica diante de um paredão de rocha onde foram feitas centenas de desenhos, gravados na rocha. Para a professora Cláudia, os achados mostram que o lugar onde os dois esqueletos foram encontrados teria sido, entre outras coisas, uma necrópole, um local sagrado que equivaleria a 'templo' religioso ao ar livre para essa comunidade indígena.

"É mesmo um sítio especial. Não sabemos ainda o contexto em que as gravuras eram feitas, mas não eram coisa mundana: têm um significado religioso, simbólico. E o fato de fazerem do cemitério um sítio de arte rupestre, ou vice-versa, reforça a ideia de que é um lugar especial, como um templo", explicou a professora.

Além dos esqueletos, foram encontrados ainda ferramentas e outros materiais, que após serem estudados podem revelar outros aspectos e detalhes da vida desse grupo.

Ossos do primeiro esqueleto encontrado lá foram enviados para a França, para passarem por análises que identificam há quanto tempo foram enterrados. Segundo as pesquisas iniciais, os sepultamentos podem ter acontecido há mais de 6 mil anos.

Os pesquisadores devem ainda realizar novas visitas e escavações na região, para tentar localizar mais materiais deixados por esses grupos.

Tags: Novo esqueleto - Arqueólogos

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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