A Polícia Civil do Piauí finalizou na tarde desta quinta-feira (15) o inquérito policial que investiga a morte do policial do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Piauí (Bope), Claudemir Sousa, de 32 anos. Além das sete pessoas suspeitas presas um dia após o crime, foram indiciadas a diretora de uma unidade de saúde de Teresina, apontada como pivô do caso, e outra pessoa que não teve o nome divulgado.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, a diretora de uma unidade de saúde da capital foi indiciada porque o depoimento dela existe várias contradições, que a ligam ao mandante do crime, um funcionário da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero)
“As provas estão nos autos do processo Não posso adiantar muita coisa, porque o inquérito está sendo enviado para a Justiça. A questão é que as declarações que a mulher prestou à polícia não condizem com os fatos que a polícia apurou. Têm várias contradições no depoimento da mulher, situações que comprovamos e não batem com o que ela falou”, declarou Riedel.
Claudemir Sousa foi morto a tiros no dia 6 de dezembro, quando ele saia da academia onde treinava no bairro Saci, na Zona Sul de Teresina. Os sete suspeitos de participar da morte do policial foram transferidos para o sistema prisional ainda na semana passada.
Conforme a polícia, o mandante do crime é um funcionário da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que ofereceu o valor de R$ 20 mil pela execução. As informações prestadas pela ex do rapaz reforçam a tese de crime passional.
Depoimento de ex-namorada
A ex-namorada do policial Claudemir Sousa prestou depoimento na segunda-feira (12) no Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). Apontada como pivô do caso, ela negou relacionamento amoroso com o mandante do crime.
Segundo o advogado Décio Solano, que faz a defesa da mulher, a sua cliente confirmou o namoro há dois anos com o policial do Bope, que terminou após a convocação dele para a Força Nacional.
Prisões
Um dia após o crime cinco homens suspeitos de participar da morte do policial e uma mulher que teria avisado os atiradores foram presos.
De acordo com o secretário de segurança, Fábio Abreu, um dos suspeitos usava tornozeleira eletrônica e a partir do monitoramento dele os policiais chegaram aos demais envolvidos no assassinato, inclusive, ao mandante, que é funcionário da Infraero. Também entre os presos está um taxista, apontado como o agenciador dos atiradores.
A sétima pessoa presa foi também no dia 7 e admitiu ter sido contratado para matar Claudemir Sousa e que receberia R$ 5 mil pelo serviço. A informação foi confirmada pelo capitão Paulo Silas, comandante da Companhia do Independente do Promorar.