O projeto que vai construir os acessos da terceira ponte que liga as avenidas Frei Serafim e João XXIII foi apresentado nesta quarta-feira (22) em uma audiência pública na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Piauí). A proposta prevê a utilização dos corredores centrais das duas avenidas para dar acesso à nova ponte e também servindo como corredores de tráfego para os pedestres.
A obra, que engloba mudanças nas duas pontes mais antigas, pretende viabilizar o tráfego simultâneo de pedestres, ciclistas e ônibus, destinando seis vias de acesso para carros de menor porte, duas faixas exclusivas para coletivos e uma para passeio de pessoas e bicicletas (veja imagem acima).
O projeto espera a avaliação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente para o início das obras. De acordo com o engenheiro responsável, Augusto Basílio, a ideia é que os canteiros centrais das avenidas sirvam como corredor de tráfego iniciando na Igreja São Benedito até a Ladeira do Uruguai.
A ligação do canteiro central das avenidas com a ponte JK, de acordo com ele, vai proporcionar ao pedestre a viabilidade de sair da Avenida Frei Serafim usando a ponte até chegar à Zona Leste, ou vice versa. Para isso serão realizadas intervenções nas duas pontes antigas. Os atuais corredores para pedestres, localizados nas duas laterais mais extremas, serão retirados e os transeuntes terão uma faixa na nova ponte para trafegar.
Durante a audiência, o presidente da Comissão de Desenvolvimento e Patrimônio Urbano da OAB, Natan Pinheiro, expôs projetos de entidades e estudantes apresentados à comissão na tentativa de ajudar a Setrans na resolução do problema que a obra hoje enfrenta.
De acordo como o secretário de transportes do estado, Guilhermano Pires, o novo projeto para a resolução da Ponte Juscelino Kubitschek já está pronto e aguarda a avaliação da secretaria de Meio Ambiente de Teresina para o início das obras, ainda sem data prevista.
Embora esteja pronto, o projeto não é fechado. Qualquer entidade pode entrar com sugestões, e se elas forem justas, ajudem a dar funcionalidade à obra e seja aprovado pela equipe técnica de engenharia, isso será acatado”, disse. Sobre os impasses provocados pela obra, o secretário contou que não houve problemas na execução da construção.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Moura Fé, disse que a obra não passou pela avaliação ambiental do estado, mas informou que o empreendimento possui uma “rigidez locacional”, quando não existem alternativas para que o órgão interfira com sugestões. Por isso, segundo ele, o licenciamento fica mais flexível.
“A obra não passou pela secretaria, por isso, nós não tivemos a oportunidade de conhecer esse processo do ponto de vista ambiental. Do ponto de vista legal, qualquer obra de mobilidade urbana de grande porte, como é o caso da ponte, tem uma peculiaridade em sua natureza singular: é uma obra de utilidade pública e permite esse tipo de intervenção”, disse.