Publicada em 18 de Dezembro de 2013 �s 09h55
É cada vez maior a presença de animais de outros estados em exposições e eventos no Piauí. Em 2013, o número de fazendas inscritas em eventos foi o maior dos últimos 20 anos. Nas duas maiores exposições de gado do Piauí, a Expoapi e a ExpoCorrente, o resultado do trabalho contra a aftosa e o fim das barreiras sanitárias mostraram a nova pecuária do Estado, com animais de genética melhor e de maior qualidade nas raças.
Na última edição da Expoapi, animais do Maranhão, Pernambuco, Ceará e Bahia estiveram presentes nos pavilhões. “O fim das barreiras sanitárias também foi responsável pelo resgate das exposições de gado do Piauí. Era a motivação que o grande, médio e o pequeno pecuarista precisava para investir no seu plantel. O beneficio de todo esse trabalho é visível nas fazendas, que no mínimo tem um bom reprodutor para melhorar o rebanho”, explicou o zootecnista André Mauricio.
O Piauí possui um rebanho de 1,7 milhão de cabeças de gado. O trabalho em conjunto entre o poder público e os criadores de gado foi fundamental para o fortalecimento da pecuária piauiense. O animal que antes era desvalorizado e só era comercializado internamente, hoje, ganhou uma valorização de mais de 100% e já vai para outros estados.
O governador Wilson Martins, que há quase oito anos trabalha nesse processo de valorização do rebanho piauiense, lembra as dificuldades no começo, do processo de criação da agência ao levantamento do rebanho e fazendas.
Hoje, o mapa de cobertura da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) compreende os 63 mil criadores e a agência está presente em 200 municípios. “Os pecuaristas estavam desestimulados com a economia. Naquela época, do risco desconhecido, os animais eram vendidos a preço de banana. Os pequenos pecuaristas sofriam mais ainda, não tinham como comercializar o animal. Em grandes estiagens o prejuízo era enorme", disse o governador.
Wilson Martins acrescenta que "agora o cenário mudou. Até em pequenas propriedades você vê um bom reprodutor, bons animais. Com o fim das barreiras e a possibilidade de vender o animal por um preço mais justo, o Piauí muda de cenário e resgata uma das principais economias do Estado, o piauiense, mesmo aquele que não está envolvido diretamente, ganha em qualidade no setor, mais emprego e desenvolvimento do comércio local”.