A Central de Abastecimento do Piauí (Nova Ceasa), em Teresina, recebeu 45 caminhões carregados de produtos hortifruti para suprir o mercado nesta segunda-feira (28), porém, os produtos terão um acréscimo nos preços de até 115%. No caso da batata inglesa, que antes o quilo custava R$ 2,50, com o aumento chegará a R$ 6.
Segundo a direção, os caminhões que foram liberados para o abastecimento equivalem ao total de 280 toneladas de frutas e verduras. Para a Nova Ceasa, o número é considerado bom em relação à última remessa de 16 veículos para o fornecimento dos alimentos perecíveis, que chegou na sexta-feira (25).
Outro produto que teve uma elevação no valor foi o tomate, que tinha o preço normal de R$ 2,50 e com a crise dos caminhoneiros, o alimento teve 68% de aumento e passará a custar R$ 4,20. A Nova Ceasa informou que normalmente, no primeiro dia útil de feira da semana, a central recebe entre 90 e 100 caminhões cheios para armazenamento dos mercados do Piauí e parte do Maranhão.
Falta produtos nos supermercados
A greve dos caminhoneiros atinge as prateleiras dos supermercados em Parnaíba e Luís Correia, no Litoral do Piauí. Seis lojas de uma mesma rede estão desde sexta-feira (25) limitando às compras de produtos de hortifruti para não zerar o estoque.
Segundo o gerente Rafael Rocha, a procura pelos produtos aumentou depois do início do movimento dos caminhoneiros e como não há previsão para um novo abastecimento nas lojas, a gerência decidiu adotar a medida. Placas fixadas no setor de hortifruti alertam aos clientes que o supermercado está limitando em até três quilos por produto.
Estoques zerados e funcionários dispensados
Empresários estão dispensando os funcionários devido à falta de serviços. (Foto: Foto: Humberto Lopes/Arquivo pessoal)
Os estoques dos setores alimentícios e de combustíveis estão ficando zerados em Teresina desde quarta-feira (23). De acordo com o presidente do Sindicato dos Transportes de Cargas e Logística, Humberto Lopes, cerca de 300 caminhões carregados estão parados nas rodovias, com alimentos, combustível e gás de cozinha.
Humberto Lopes informou que as empresas prejudicadas pela falta de abastecimento dos produtos estão dispensando os funcionários devido à falta da demanda de serviços. Para ele, sem produtos, ninguém trabalha e consequentemente não terá vendas, acarretando prejuízos.
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