A ministra da Saúde, Nísia Trindade, veio ao Piauí para a inauguração da nova Maternidade Evangelina Rosa, nesta sexta-feira (28). O espaço que conta com 293 leitos é considerado, segundo o governo, a maior maternidade pública do Brasil. A segunda maior que também é hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) fica em Goiania (GO) com 176 leitos e foi inaugurada em 2020.
Governo do Piauí inaugura nova Maternidade Evangelina Rosa nesta sexta (28); previsão de funcionamento é outubro
Em coletiva de imprensa, a ministra destacou que o Piauí se tornou uma referência em relação à Saúde, e que a nova maternidade é uma prova desse comprometimento.
“É uma alegria pra mim, voltar a esse estado. Venho para o Piauí e Teresina desde 2010, quando era pesquisadora e depois vice-presidente da Fiocruz. Sou testemunha da referência do Piauí na área da saúde. Essa maternidade representa a realização do sonho de toda uma geração de profissionais e da população, e por isso quero ressaltar que para o Ministério da Saúde, que tem retomado o que foi iniciado, de fortalecer a atenção primária e a integralidade do SUS, esse trabalho é certamente uma referência”, afirmou Nísia.
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A ministra pontuou que a construção da nova MDER contou com recursos estadual e federal. E reforçou que a gestão também deve ser compartilhada, baseada em resultados e humanização no atendimento.
“O Ministério de Saúde hoje é responsável pelo custeio de 44 leitos de UTI na maternidade e estamos trabalhando na aplicação de vários serviços aqui no estado. As prioridades estão definidas a partir das grandes linhas de prioridades do Brasil e colocadas pelo estado do Piauí. Neste momento, [são prioridades] a integralidade do cuidado, ou seja, fortalecer a atenção primária, articular toda essa linha com atenção especializada”, disse.
Sobre o fato da nova Maternidade Evangelina Rosa ser dirigida pela Organização Sem Fins Lucrativos (OS) Reabilitar, a ministra apontou que a decisão cabe ao governador.
"O MS está empenhado na reconstrução de todas as políticas de saúde. Entendo que a questão da gestão hospitalar é sempre debatida e orientada pelo ministério, mas essa é uma competência dos estados e municípios", explicou.
"O MS está empenhado na reconstrução de todas as políticas de saúde. Entendo que a questão da gestão hospitalar é sempre debatida e orientada pelo ministério, mas essa é uma competência dos estados e municípios", explicou.
Reforço nas campanhas de vacinação
Durante a solenidade de inauguração, a ministra Nísia Trindade destacou a baixa procura por vacinas no país. De acordo com o Ministério da Saúde, menos de 20% do público-alvo tomou a vacina bivalente, que protege contra variantes da Covid-19 e está disponível nos postos de saúde há mais de três meses.
“Nós temos hoje uma baixa vacinação contra Covid-19. Crianças, adolescentes e adultos, dentro de todo o calendário que o Ministério da Saúde já definiu, precisam estar protegidos. Não vamos esquecer que o vírus está circulando e o que nós conseguimos com a vacina é evitar formas graves”, disse.
Em abril deste ano, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou dados alarmantes sobre a vacinação infantil no Brasil. O relatório aponta que, entre 2019 e 2021, 1,6 milhão de crianças não tomaram a primeira dose da vacina contra doenças como difteria, tétano e coqueluche no país.
Para Nísia, é fundamental retomar e fortalecer campanhas de vacinação. “O Brasil teve uma perda de cobertura muito grande em todas as vacinas. E nós temos o risco já apontado pela Unicef de retorno de doenças que a vacina tinha permitido que não mais circulasse na região das Américas, como é o caso da poliomielite. Do sarampo, que já aconteceu. Vacinas existem e podem prevenir”, afirmou.
“Estamos com um movimento nacional pela vacinação, vamos fazer em todas as regiões do Brasil”, completou.
Combate à Dengue
Nísia ressaltou ainda que o Ministério da Saúde está desenvolvendo tecnologias que podem auxiliar no combate à dengue. O órgão pediu à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que avalie a vacina Qdenga, primeiro imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
“A dengue, a gente está no caminho de uma vacina que está em avaliação do Ministério da Saúde, como vocês sabem. Existem também tecnologias que tão sendo pensadas e ampliadas no Ministério da Saúde. É um grande problema de saúde pública hoje e com a mudança climática tende a acentuar, inclusive em regiões onde antes não tinha dengue”, concluiu.