Já existem, no Piauí, dois vigilantes particulares para cada policial militar. O pequeno efetivo da polícia fez crescer o de vigias. As empresas passaram a contratar seguranças particulares, mas nem mesmo os vigilantes se sentem seguros.
Segundo a Polícia Federal, no Piauí são quase 33 mil vigilantes aptos a atuarem, 10.200 estão na ativa e o número está crescendo porque por ano, cerca de 1.200 profissionais são formados no mercado. Já na PM existem cerca de cinco mil homens e mulheres.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes, André Lima, o número de seguranças clandestinos também é grande. “O custo de um vigilante profissional é alto e as vezes o cliente acaba contratando um clandestino e inexperiente”, disse.
A Ordem dos Advogados do Brasil garante que o déficit de homens na segurança pública é enorme no estado. “A OAB fez um estudo no ano passado sobre as condições e número de pessoal na segurança pública, foi alarmante”, revelou Lúcio Tadeu, presidente da Comissão de Segurança da ordem.
A Polícia Militar reconhece a deficiência. “Nós nunca teremos o quantitativo ideal, sempre teremos dificuldades nos recursos humanos, mas é preciso que os gestores tenham a capacidade de gerir bem e crias situações de otimização”, afirmou o major Adriano de Lucena.