Publicada em 30 de Dezembro de 2015 �s 16h37
UTI do Hospital Chagas Rodrigues em Piripiri-Pi (Foto:Paulo Barros)
Dados apresentados pela Central Estadual de Regulação de Internações Hospitalares, da Secretaria de Estado da Saúde, apontam que o Hospital Getúlio Vargas (HGV) e Hospital da Polícia Militar (HPM) receberam 84% dos pacientes, dos 75 regulados para os hospitais de retaguarda, no período compreendido entre 24 a 27 de dezembro de 2015. Outro número importante é que apenas 5% do total de pacientes atendidos foram transferidos destas unidades para a capital, o que ajuda a desafogar o atendimento em Teresina e mostra a resolutividade da rede estadual. Segundo a Central, 20% são de pacientes oriundos do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e cerca de 32% oriundos da rede hospitalar estadual. Os demais vieram tanto de hospitais de Teresina quanto de outros municípios. Conforme plano de contingência para o período de final de ano, os centros cirúrgicos do HGV e HPM não funcionaram nos dias 24 e 25, retornando essas atividades imediatamente. Como o HGV, que no sábado (26), realizou 25 cirurgias ortopédicas. E nesse início de semana, mais cirurgias: 54 procedimentos em dois dias. O HPM, nessa segunda e terça (28 e 29), realizou 32 procedimentos cirúrgicos, especialmente na área ortopédica. Regulação de urgência No período de 24 a 27 de dezembro, foram regulados 224 pacientes para nove unidades hospitalares de urgência, nos municípios de Água Branca, Bom Jesus, Campo Maior, Floriano, Picos, Piripiri e Teresina. Pacientes de alta complexidade, com diagnóstico neurológico, ortopédico, cirúrgico e neurocirúrgico, foram as principais causas de regulação. Como porta de entrada para esse tipo de atendimento, o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) recebeu cerca de 86% desses pacientes. “O fluxo de atendimento é direcionado para o HUT, que é a urgência indicada para alta complexidade, como traumas ortopédicos expostos, traumatismo craniano encefálico, vítimas de armas de fogo”, explica o diretor da Unidade de Descentralização e Organização Hospitalar, da Secretaria de Estado da Saúde, Alderico Tavares. Apesar do grupo fluxo de pacientes no HUT, os hospitais regionais atuaram como “filtro”, tanto na urgência como para leitos de retaguarda, uma vez que apresentaram um grande volume de atendimento, com uma variável entre 1% a 5% de pacientes regulados para Teresina. “Aqueles pacientes encaminhados para o HUT são efetivamente alta complexidade, que devem ser atendidos no HUT”, reforça Alderico. O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, por exemplo, realizou 405 atendimentos de urgência no período, com 21 cirurgias e 20 partos normais, enviando somente três pacientes para hospitais de retaguarda, como HGV e HPM. Em Floriano, o Hospital Regional Tibério Nunes teve 825 atendimentos de urgência, regulando sete pacientes para Teresina e recebendo, de outros hospitais, 18 pacientes. No mesmo período, ainda foram realizadas 34 cirurgias, 14 partos normais e nove partos cesáreos. Outro hospital, o Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri, atendeu 338 pacientes na urgência, enviando 10 para Teresina e recebendo um, de outro hospital. Lá também foram realizados 18 partos, entre normais e cesáreos, além de duas cirurgias ortopédicas. Todos regulados pela Central. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Oeiras, fez 410 atendimentos de urgência, sendo que 16 foram encaminhados para o Hospital Regional Deolindo Couto, também em Oeiras. Apenas cinco pacientes de urgência foram encaminhados para Teresina. Os hospitais regionais de Bom Jesus, Campo Maior, Floriano, Picos e Piripiri receberam mais de 11,6% dos pacientes, tendo ainda o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela recebido cinco pacientes regulados pela Central de Regulação do Estado. Atendimentos no final de ano Sobre os atendimentos no período de final de ano, Alderico reforça que os hospitais regionais funcionarão normalmente, assim como ocorreu no período natalino. Para os atendimentos em serviços ambulatoriais e de exames e os traumas ortopédicos (fraturas fechadas) ficarão sob a responsabilidade das unidades localizadas: Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, Hospital Regional Chagas Rodrigues (HRCR), em Piripiri, e o Hospital Regional de Campo Maior (HRCM), Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, Hospital Regional Deolindo Couto, em Oeiras e o Hospital Regional Justino Luz, em Picos. Todas as unidades reforçarão os atendimentos em seus polos. O Hospital Getúlio Vargas (HGV) e Hospital da Polícia Militar (HPM) permanecem com o funcionamento de retaguarda para as urgências traumáticas. O Hospital Infantil Lucídio Portela também terá atendimento regular. Também estão inclusos no reforço dos atendimentos os hospitais de Esperantina, Barras, Bom Jesus, Corrente e Uruçuí.
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