No dia em que foi oficializada a aposentadoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou se comprometer a indicar uma mulher ou negro para a Corte. Ao ser questionado sobre o tema em um café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira, Lula declarou que adotar um critério identitário para a escolha do futuro ministro do tribunal é um compromisso que não quer ter nesse momento.
— Se eu for responder o que você (jornalista) perguntou, eu estarei criando um compromisso que eu não quero ter agora. Se vai ser negro, se vai ser negra, se vai ser mulher, se vai ser homem, é um critério que eu vou levar muito em conta na escolha, mas não te darei nenhuma referência, porque, se eu der referência, eu estarei carimbando a futura pessoa que vai ser ministra ou ministro da Suprema Corte. — disse o presidente.
Lula ressaltou, no entanto, que sua indicação será uma pessoa com conhecimento jurídico e sensibilidade social.
— Será uma pessoa altamente gabaritada do ponto de vista do jurídico. A pessoa tem que ter uma compreensão do mundo social, dos problemas sociais desse país. A pessoa tem que conhecer a realidade. Então tem que ter o mínimo de sensibilidade social para assumir uma postura dessa, porque é muita responsabilidade.