No Brasil, melhora de vida esbarra na educa��o

Publicada em 25 de Julho de 2014 �s 07h32

Imagem: A educa��o ainda trava o avan�o do pa�s no ranking dos pa�ses com maior n�vel de desenvolvimento. Nas tr�s dimens�es que comp�em o �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH), a educa��o est� estagnada, enquanto avan�am os indicadores de renda e sa�de. A expectativa de anos de estudo (que significa quanto tempo se espera que uma crian�a ficar� na escola) se manteve em 15,2 anos, e a m�dia de anos de estudo, em 7,2 anos. J� a Renda Nacional Bruta (RNB) per capita do pa�s subiu de US$ 14.081 em 2012 para US$ 14.275 em 2013, enquanto a expectativa de vida aumentou de 73,7 anos para 73,9 anos no mesmo per�odo. saiba mais Brasil tem 6 milh�es de pessoas vivendo em situa��o de pobreza Brasil avan�a uma posi��o e � 79� no ranking do desenvolvimento humano Leia mais sobre IDH brasileiro — O que est� puxando o Brasil para baixo em desenvolvimento humano � a educa��o. Avan�amos em expectativa de vida e a renda � condizente com os demais pa�ses do grupo de alto desenvolvimento humano, mas a m�dia de anos de estudo � a terceira pior do grupo e se aproxima dos grupos inferiores — explica a professora da UFPE Tatiane de Menezes. No grupo de alto desenvolvimento humano, apenas Om� (6,8 anos) e Col�mbia (7,1 anos) t�m m�dia de anos de estudo inferior � brasileira. Vizinhos da Am�rica Latina, como Argentina (9,8 anos), Chile (9,8 anos) e Cuba (10,2 anos), exibem n�meros bem maiores. E essa estabilidade nos indicadores de educa��o ocorreu mesmo com uma mudan�a de metodologia que beneficiou o Brasil. Os anos de estudo e os anos esperados de estudo passaram a ter o mesmo peso no IDH. Anteriormente, os anos de estudo tinham mais import�ncia na conta, o que dava uma vantagem comparativa aos pa�ses desenvolvidos no ranking e prejudicava os emergentes. Mudan�as de metodologia no c�lculo do indicador ocorrem praticamente todos os anos. Segundo a coordenadora do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Andr�a Bolzon, ao dar mais import�ncia aos anos de estudo, o IDH captava melhor os resultados de na��es em que o problema da educa��o j� est� equacionado, como Noruega e Su��a. Mas n�o captava os esfor�os dos pa�ses em desenvolvimento em melhorar o ensino, com a expectativa de que as pessoas fiquem mais tempo na escola. — Foi uma demanda de v�rios pa�ses em desenvolvimento que o IDH mudasse a forma de avaliar a educa��o — explica a coordenadora. Brasileiros que ficaram � margem dos avan�os educacionais do pa�s sabem o custo na vida e tentam recuperar o tempo perdido. Para a cozinheira industrial C�lia An�sia dos Santos, de 51 anos, uma pessoa sem estudo “� como se vivesse na escurid�o, n�o tem acesso � tecnologia, � muito triste”. Ela come�ou um curso de alfabetiza��o para adultos em fevereiro. — Nasci e fui criada na ro�a, sem incentivo para estudar porque os pais criavam a gente para trabalhar na lavoura. Mas agora que minhas filhas j� estudaram, tenho minha oportunidade. Bem mais jovem, Edson Vale, de 17 anos, tamb�m corre atr�s do tempo perdido: — Fiquei tr�s anos parado e estou lutando para completar o ensino fundamental. Tamb�m trabalho por fora, sem carteira assinada.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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