Meiga e abusada. Zen. Mina louca. Pistoleira. Malandra. Indecente. Ela já se colocou na pele dessas personagens e outras mais. Com 25 anos, completados no último dia 30, Larissa de Macedo Machado começou na carreira musical em 2010 como a funkeira MC Anitta. Depois, ao abraçar o pop, passou a assinar somente Anitta e viu a fama chegar. Mais recentemente, o nome artístico ganhou um sotaque americanizado para celebrar as primeiras conquistas mundo afora da moça nascida em Honório Gurgel, subúrbio do Rio.
Citada pela conceituada revista “Billboard” no top dez dos artistas mais influentes do mundo, sendo a única brasileira da lista, ela comanda com mãos de ferro a própria carreira e uma equipe de 60 funcionários — número que pode chegar a 200, se incluídos os terceirizados —, além de empresariar dois jovens talentos: os cantores Clau e Micael Borges. De seus quatro álbuns lançados, saíram ao menos duas dezenas de hits, cujos clipes alcançaram quase dois bilhões e meio de visualizações no YouTube. Entre eles, “Essa mina é louca” concorre ao Prêmio Extra de TV na categoria Tema de Novela (veja com quem ela disputa na página 42). “Anira”, coisa nossa, agora é internacional e está cada vez mais Poderosa, como já bradava num de seus primeiros sucessos.
— Acho que todo mundo tem momentos assim, né? Acorda com a autoestima elevada, dá aquela olhada no espelho e se sente (risos). Quando estou no palco, eu me sinto poderosa. É a realização do meu sonho, de algo que eu quis muito. Mas, tirando isso, sou como você ou como qualquer outra pessoa, que tem dias bons e outros nem tanto — minimiza a artista, que não gosta de separar a Anitta da Larissa: — Na verdade, as duas figuras são uma só: eu. Posso ser Anitta nos palcos, mas, dentro de mim, nunca deixei de ser Larissa. Os hábitos também não mudaram muito. O que mudou foi a minha falta de tempo, já que a agenda hoje é muito mais cheia. Mas, nos meus dias de folga, gosto de ter amigos e família por perto, ficar em casa tranquila, viajar, assistir a séries... É claro que, hoje em dia, ir ao cinema não é tão simples, mas não há nada que eu deixe de fazer.
Se a essência se manteve nos poucos anos de carreira — que aparentam muitos, tamanha a quantidade de façanhas —, o mesmo não se pode dizer do visual. Mutante, Anitta ora está loura, ora morena; ora com a cabeleira vermelha, ora pink. Já desfilou de franja, aplique, fios cacheados e trançados. E as transformações são constantes... Haja vista a nossa capa! Quando decidimos reformular o projeto da Canal Extra, já queríamos a cantora na primeira edição da nova revista. Diante da atribulada agenda da estrela, garantimos a sessão de fotos com antecedência, e logo depois ela surgiu platinada, por conta de uma das polpudas campanhas publicitárias que tem abocanhado (hoje, a musa é garota-propaganda de 13 empresas).
— Gosto de ser camaleônica... É divertido poder mexer no visual e usar diferentes cabelos! Sempre nos sentimos mais bonitas e confiantes com uma mudança — diz.