Neurocirurgi�o volta do coma e

Neurocirurgi�o volta do coma e se convence que h� vida ap�s a morte.

Publicada em 24 de Março de 2013 �s 23h14

�O Fant�stico conta uma hist�ria do al�m! Um neurocirurgi�o americano nunca acreditou em vida ap�s a morte at� passar por uma experi�ncia dram�tica. Ele entrou em coma profundo, teve vis�es de uma esp�cie de para�so, e voltou convencido de que existe vida do outro lado.
O que existe depois que a vida acaba? Para o neurocirurgi�o Alexander Eben, a morte sempre significou o fim de tudo. Ele entende do assunto: foi professor da escola de medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e h� mais de 25 anos estuda o c�rebro.
Sempre tinha uma explica��o cient�fica para os relatos dos pacientes que voltavam do coma com hist�rias de jornadas fora do corpo para lugares desconhecidos. At� que ele pr�prio vivenciou uma delas. E agora afirma: existe vida ap�s a morte.

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Era 10 de novembro de 2008. O doutor Alexander � levado �s pressas para o hospital, com fortes dores de cabe�a. Ao chegar l�, � imediatamente internado na UTI. Em poucas horas j� estava em coma profundo.
Ele havia contra�do uma forma rara de meningite. Quando o doutor Alexander entrou no hospital os m�dicos disseram � fam�lia que a possibilidade dele sobreviver seria muito baixa. Ele ficou em coma profundo por sete dias. E foi durante esse per�odo que o doutor Alexander afirma ter tido a experi�ncia mais fant�stica que um ser humano pode ter.

Na jornada que eu tive n�o existia corpo, apenas a minha consci�ncia, diz o m�dico. Meu c�rebro n�o funcionava. Eu n�o me lembrava de nada da minha vida pessoal, meus filhos, ou quem eu era.
Ele escreveu um livro para relatar a sua experi�ncia de quase morte. E conta que primeiro foi levado para um ambiente escuro, lamacento e sem seguida chegou a um lugar bonito e tranq�ilo. Um vale extenso, muito verde, cheio de flores e repleto de borboleta, diz ele. Ele conta que viu tamb�m um esp�rito lindo, uma mulher com uma roupa simples e com asas. Ela me disse: ‘voc� vai ser amado para sempre, n�o h� nada a temer, n�s vamos cuidar de voc�’.
Perguntamos ao doutor Alexander se ele viu Deus. Ele disse que sim: Deus estava em tudo ao meu redor, ele estava l� o tempo todo.
Um pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora participa do maior estudo mundial j� feito sobre as experi�ncias de quase morte.
“Os estudos mostram que apenas 10%, uma em cada dez pessoas que tiveram uma ressuscita��o bem sucedida relatam experi�ncia de quase morte. Os pacientes que vivenciaram uma experi�ncia de quase morte tendem a ter ao longo do tempo, por exemplo, aumento da satisfa��o com a vida, tendem a ter diminui��o do medo da morte, maior aprecia��o da espiritualidade, maior aprecia��o da natureza”, afirma o professor de psiquiatria da Universidade de Juiz de Fora Alexander Moreira-Almeida.
A morte � uma transi��o, n�o � o fim de tudo, resume o doutor Alexander. Minha jornada serviu para me mostrar que a consci�ncia nossa existe al�m do corpo, e ela � muito mais rica fora dele. Isso pode significar que a nossa alma, nosso esp�rito, seria eterno.
No Brasil, existem pacientes como o doutor Alexander. Outro caso aconteceu com a m�e de Vera Tabach que passou tr�s meses em coma. Ela voltou contando uma hist�ria incr�vel.
“Ela confessou que nesse per�odo de coma ela se viu como se fosse num quarto de hospital sempre numa cama com v�rias pessoas em volta de branco. Ela disse que tinha feito um acordo. Que eles tinham dado mais 20 anos para ela, que ela ia conseguir criar os filhos e depois ela ia embora. E a gente acho aquilo uma hist�ria, mas realmente aconteceu”, lembra a jornalista Vera Tabach.
Dia 17 de outubro de 1974, quando ela foi para UTI. E voltou depois de um tempo. Quando passou 20 anos, em 1994, em abril, ela come�ou a se sentir mal. �s 05h, 18 de outubro de 1994, ela morreu.
“Ela sempre dizia que na vida s� n�o tinha jeito pra morte. E depois que ela voltou ela disse que at� para morte tinha jeito” conta Vera Tabach.
O doutor Alexander diz que por dois anos tentou achar uma explica��o cient�fica para o que aconteceu com ele e com esses outros pacientes. Queria saber se tudo podia ser uma ilus�o produzida de alguma maneira pelo c�rebro, conversei com colegas da �rea e cheguei � conclus�o de que n�o h� como que explicar. N�o foi alucina��o, n�o foi sonho.
Mas nem todos concordam. O professor de neuroci�ncias da Universidade de Columbia, Dean Mobbs, diz que � dif�cil acreditar num desligamento completo do c�rebro. E que mesmo no caso do doutor Alexander, outras �reas do c�rebro podem ter permanecido ativas, provocando as sensa��es que ele descreve.
O nosso c�rebro � muito bom em transformar a realidade. Em um acidente, como um trauma na cabe�a, os caminhos do c�rebro podem ser danificados mas � poss�vel que ele encontre outras maneiras de identificar os sinais que v�m de fora e criar uma nova experi�ncia como a da quase morte, por exemplo.
O uso de fortes analg�sicos e a baixa oxigena��o do c�rebro durante estados de coma podem explicar que luzes e sons estranhos sejam percebidos pela mente.
E a sensa��o de estar fora do corpo j� foi induzida artificialmente em muitas pesquisas. Eu acho que essas experi�ncias de quase morte na realidade s�o uma maneira do c�rebro lidar com um trauma.
A ci�ncia ainda n�o tem respostas conclusivas sobre as experi�ncias de quase morte.
“A grande discuss�o que existe hoje �: a mente � um produto do c�rebro, o c�rebro produz a mente; ou a mente � algo al�m do c�rebro, mas que se relaciona com o c�rebro”, questiona Alexander.
Independentemente do que tem acontecido, diz a esposa do doutor Alexander, para ela, que ficou ao lado do leito do hospital esperando o marido voltar, o final foi feliz. Quando chegamos em casa e sentamos no sof�, n�o acreditei que ele estava junto comigo de novo.

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Fonte: globo �|� Publicado por: Da Reda��o

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