N�o s�o gastos p�blicos que est�o pressionando a infla��o, diz Mantega

Publicada em 07 de Maio de 2014 �s 07h33

Mantega em entrevista à TV Brasil. Imagem: Reprodu��oMantega em entrevista � TV Brasil. "N�o s�o os gastos p�blicos que est�o pressionando a infla��o", disse o ministro da Fazenda Guido Mantega nesta ter�a-feira (6). Para o ministro, s�o as press�es nos pre�os dos alimentos e das commodities, influenciadas por fatores internacionais e clim�ticos, que est�o gerando aumento de pre�os. Mantega destacou que o governo tem poupado e feito economia para pagar os juros da d�vida – o super�vit prim�rio –, em todos os anos, com destaque para 2008. Ele n�o mencionou que o resultado de 2013 foi o menor desde 2009 - quando foi registrado um super�vit prim�rio de R$ 39,43 bilh�es (1,2% do PIB). saiba mais Com juro alto, emiss�o de t�tulos p�blicos � a maior da hist�ria FMI j� cortou � metade previs�o de crescimento do PIB brasileiro em 2014 Jornal "Financial Times" d� "senten�a de morte" para a economia brasileira Cresce n�mero de pessoas que participaram de cons�rcios em 2013 Infla��o oficial desacelera para 0,03% em julho, mostra IBGE Leia mais sobre Economia brasileira O ministro se mostrou contr�rio a fazer uma economia maior de gastos, que chamou de "paz de cemit�rio", por considerar que devasta o pa�s. Por outro lado, disse que "� claro que se voc� gasta menos, pressiona menos a infla��o". O ministro n�o v� contradi��o entre o volume de gastos do governo – que estimula a infla��o – e o aumento de juros por parte do Banco Cenral – para frear a alta dos pre�os. Desde abril do ano passado, a autoridade monet�ria elevou a Selic de 7,25% para 11% ao ano. "Temos apoiado o BC na sua pol�tica monet�ria porque o mal maior na economia � a infla��o. Ent�o, se � preciso tomar uma medida que pode prejudicar um pouco o crescimento, tomamos porque vai ajudar no crescimento depois", disse. Ele defendeu que a pol�tica expansionista em gastos do governo, que estimulou o investimento e o emprego, ao contr�rio do que foi feito nos pa�ses europeus com as pol�ticas de austeridade e redu��o de gastos. "O Brasil se saiu muito bem (na crise) porque optamos por fazer pol�tica antic�clica (de aumento de gastos em per�odos dif�ceis) e com essas medidas nos recuperamos rapidamente", disse. O ministro assumiu que o governo "for�ou um pouco a barra" para fechar as contas de 2012 e atingir a meta de super�vit, quando usou verbas do fundo soberano, no que foi chamado de contabilidade criativa. "Em 2012, tivemos de fazer um grande esfor�o para chegar � meta, tivemos que cortar gastos, fazer uma gin�stica", afirmou. No entanto disse que, a partir de ent�o, evita qualquer forma de c�lculo "que possa parecer errada, mesmo que n�o seja". Para alcan�ar a meta de economia naquele ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) comprou a��es da Petrobras que estavam no Fundo Fiscal de Investimentos e Estabiliza��o (FFIE), que concentra as aplica��es do fundo soberano brasileiro - formado com a "sobra" do super�vit prim�rio de 2008 - e as repassou ao Tesouro Nacional. Infla��o Mantega voltou a dizer que os pre�os est�o caindo e que a alta dos alimentos � sazonal e haver� redu��o dos pre�os. Al�m da press�o de pre�os commodities e alimentares, o ministro citou a desvaloriza��o do real como outro motivo de aumento de infla��o. Considerado a "infla��o oficial" do pa�s, por ser usado como base para as metas do governo federal, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), ficou em 0,92% em mar�o – a maior taxa para o m�s desde 2003, quando o indicador estava em 1,23%. O ministro disse ainda que gostaria de trabalhar com uma meta de infla��o mais baixa que a atual – que � de 4,5% podendo ser at� 2 pontos percentuais maior –, mas "ainda n�o reunimos as condi��es para isso". "Vamos ser realistas, vamos trabalhar com o que vem acontecendo nos �ltimos anos", disse ele apontando as press�es nos pre�os de alimentos e a desvaloriza��o do real em rela��o ao d�lar. Questionado sobre as raz�es de o crescimento do pa�s estar baixo, Mantega disse que o "PIB reflete a crise da economia internacional", que parecia ter sido superada, mas ainda n�o foi. Ele disse ainda que a ind�stria no pa�s foi mais impactada pela crise que o setor de commodities, por conta da redu��o do mercado consumidor de produtos industrializados. Emprego O ministro destacou que a infla��o tem ficado no centro da meta, o que mostra que a pol�tica econ�mica est� no caminho certo. "Tem gente que acha que o pleno emprego, o baixo desemprego pode causar a infla��o, o que significa que o trabalhador tem de ganhar mal. Ent�o quando ganha bem, causa uma press�o na infla��o, mas n�s n�o comungamos essa tese", afirmou. Mantega deu entrevista � TV Brasil na noite desta ter�a. O programa destacou que o ministro est� h� oito anos no cargo, sendo o que mais tempo ficou no cargo.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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