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Na web, 'Dr. Bumbum' citava �tica e se via perseguido pelo conselho de medicina por 'inovar'

Publicada em 18 de Julho de 2018 �s 10h15

Denis Cesar Barros Furtado, o Dr. Bumbum Denis Furtado � uma sumidade em redes sociais - mas sua defesa come�a a se desfazer delas. Nesta quarta-feira (18), a conta do Instagram do Dr. Bumbum foi exclu�da - logo a que tinha meio milh�o de seguidores. At� as 9h, o canal no YouTube e o perfil do Facebook ainda estavam no ar.

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Era no Instagram que Denis se exibia mais: enaltecia suas t�cnicas em bioplastia e mostrava v�rias fotos de "antes e depois" de gl�teos. Primeiro tenente-m�dico do Ex�rcito, O Dr. Bumbum tamb�m aparecia em fotos de farda.

Na web, antes de ter a pris�o decretada pela morte de uma paciente ap�s realizar cirurgia em sua cobertura, ponderava que a qualidade do m�dico depende do qu�o perseguido seja pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).

O procedimento est�tico ocorreu no �ltimo s�bado e a paciente, Lilian Calixto, morreu horas depois, j� na madrugada de domingo. Ele n�o tinha registro ativo no conselho regional do Rio e foi indiciado por homic�dio doloso e associa��o criminosa, junto com a m�e, a namorada e uma funcion�ria.

"A medicina � cerceada pelo conselho, e m�dicos como eu que buscam inovar, s�o t�o perseguidos que pensam em desistir e deixar pra l� estudar e se atualizar, e se render ao sistema que na minha opini�o, lucra mais com doen�a que com sa�de, perseguindo e vetando qualquer novidade que ameace a ind�stria e as mentiras j� impostas como fatos [sic]", escreveu.

Ele, que � r�u em mais de 10 processos no Tribunal de Justi�a do Rio, escreveu em janeiro que o pa�s precisava voltar a ter "ter valores e padr�es dentro da normalidade e do bom senso". Na pol�cia, tem passagem por homic�dio, porte de arma, crime contra a ordem p�blica, resist�ncia a pris�o, exerc�cio arbitr�rio da pr�pria raz�o (quando a pessoa excede a leg�tima defesa) e viola��o de domic�lio.

Em janeiro, quando escreveu seu desabafo, tamb�m falou sobre o que chamava de "fal�cia da impunidade".

No fim do ano passado, aproveitou o espa�o para reproduzir um longo texto que circula h� anos em redes sociais versando sobre a �tica. Ap�crifo em diversos sites, o texto foi assinado pelo m�dico — que n�o usava o apelido nas assinaturas.

A causa da morte de Lilian ainda n�o foi divulgada. Ela foi � casa do m�dico de t�xi, que ficou na portaria aguardando. Com a demora, o taxista ligou para a passageira. Denis deu R$ 300 ao motorista e o dispensou, dizendo que Lilian ia demorar porque era um jantar.

De carro e acompanhado da namorada, o m�dico levou a paciente ao Hospital Barra D'Or. Quando ela morreu, Denis foi embora. Ele n�o informou os colegas que a atenderam sobre o procedimento est�tico, de acordo com a pol�cia.

Avalia��es pelo Whatsapp
Em entrevista ao RJTV, uma das pacientes do doutor Denis Furtado, que n�o quis se identificar, contou como era feito o contato com o m�dico: pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.

"Voc� faz tudo por Whataspp. Fala com a Renata, a secret�ria dele, tudo passado por l�. Voc� manda foto, faz uma avalia��o pelo whatsapp mesmo. Eu acho ele bem carniceiro nessa parte. Chega l�, a avalia��o � feita pelo celular ent�o n�o � uma avalia��o 100%, n�?", explicou.

A paciente ainda disse que se sente arrependida por ter realizado o mesmo procedimento que Lilian com o m�dico.

"Me sinto mal por ter aceitado da forma como foi. Eu acho que jamais eu vou aceitar uma coisa dessa. Na hora, eu estava muito empolgada, muito envolvida, querendo muito, n�o analisei os pr�s e os contras. Poderia ter sido eu no lugar dela".

Denis Cesar Barros Furtado, o Dr. Bumbum (Foto: Reprodu��o/Instagram)

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Fonte: globo �|� Publicado por: Da Reda��o

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