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Na música e na bola: Seu Jorge

Na música e na bola: Seu Jorge é empresário de irmãos de Fla e Bota.

Publicada em 05 de Setembro de 2016 �s 21h44


Paixão pelo futebol, amizade e crença em um trabalho individualizado específico. Com essa combinação, Seu Jorge se aventura como empresário desde 2015, gerenciando a carreira de dois irmãos que atuam em clubes rivais: Zyan, do Botafogo, e Kyan, do Flamengo. No intervalo de uma agenda lotada que inclui shows, lançamentos de filmes e gravações, o cantor falou ao GloboEsporte.com sobre a experiência no esporte, descrita por ele mesmo como um "xodó".

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- Definitivamente eu não me considero entrando no mercado, mas eu entro no esporte, que é encantador, predominante na cultura do Brasil, na minha cultura, na minha vida. O futebol estimula muitos sonhos e minha jogada aqui hoje é por causa de dois caras que eu acho que têm muito para jogar, e muita entrega e determinação também. Em todas as áreas, se você não trabalha muito, é pouco provável alcançar êxito.

Zyan, 18 anos, atua nos juniores do Botafogo. É zagueiro e lateral-esquerdo. Kyan, 12, é centroavante do Flamengo sub-13. Filhos do diretor publicitário Manitou Felipe, os dois fazem um trabalho individualizado fora de seus clubes para poderem evoluir ainda mais. Na parte médica, quem cuida deles é Márcio Tannure, médico do UFC. O fisiologista é Cláudio Pavanelli, que já trabalhou com Vanderlei Luxemburgo. Há também um trabalho de fisioterapia com Fernando Werneck e de biocinética, com Gustavo Leporace.

Seu Jorge, que vive em Los Angeles e tem base em São Paulo, patrocina esses trabalhos específicos, acredita muito no sucesso dos dois e é só elogios a eles quando fala das características de cada um.

- O menor aqui (aponta para Kyan) é um absurdo, muito abusado. E esse (se refere a Zyan) é o homem mais consciente que temos em campo. Tenho certeza que o Brasil vai se orgulhar muito do futebol desse cara, que é sério, dedicado. Não tem problemas com lesão, são dois caras de saúde perfeita e estou muito feliz de trabalhar com eles.

Música e futebol andam juntos no Brasil

O futebol sempre fez parte da vida de Seu Jorge. Torcedor do Flamengo, ele conta que a mãe sonhou em vê-lo como jogador para que a família pudesse ter dias melhores. Não teve sucesso nos gramados, mas se lembra perfeitamente de boas histórias envolvendo músicos que se aventuraram no mundo da bola e jogadores que lançaram boas músicas.

- São duas disciplinas completamente diferentes, que o tempo todo agem bem em comunhão. A seleção brasileira já deu diversos exemplos de relação com a música, Wilson Simonal achando que vai participar da seleção brasileira, Junior fazendo um hit na década de 80, as diversas canções que surgiram depois disso...

O cantor fala insistentemente sobre a necessidade da entrega em qualquer atividade profissional e relembra que, no início de sua trajetória, não imaginava que faria tanto sucesso. Queria apenas fazer parte do universo da música brasileira.

- A música, assim como o futebol, são profissões de expressão. Leva aquele que tem a expressão mais bonita, sempre. O cara entra em campo, dá um show e é bonito de ver, pode contar que vão querer ver novamente. Você chega no concerto, se desempenha bem, comunica bem, toca bem, tá disposto... Tem a questão da entrega. Na minha profissão de músico eu sempre sonhei em fazer parte da música brasileira em particular. Eu nunca pensei em vender 1 milhão de cópias, por exemplo, ou fazer aquele sucesso avassalador, eu queria só fazer parte da música brasileira. Que meus ídolos olhassem para mim e falassem "Você faz parte desse negócio", como Caetano, Gil, Zeca Pagodinho, pessoas que na música eu sempre admirei e respeitei, e me fazem eu me sentir parte daquilo.

Seu Jorge vê muita semelhança nesse processo de aceitação coletiva na música e no futebol, mas pensa que no esporte essa questão é mais intensa.

- Acho que no futebol não seria diferente. É muito legal você estar em uma base com 17 para 18 anos e chegar na Seleção do lado de um Neymar, de um Marcelo, um Daniel Alves, você tá chegando, tá começando agora, tem outro salário, outro time, você tá ali porque te entenderam e acharam que você fazia parte desse grupo. Isso eu acho que no esporte é mais intenso, no esporte coletivo principalmente. A gente é muito similar nessa hora. Quando a entrega sua é legítima no sentido de que você quer alcançar algo bacana, soberano, divino na profissão que você escolheu.
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Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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