Na contram�o do Marco Civil, EUA amea�am acabar com neutralidade

Publicada em 29 de Abril de 2014 �s 08h34

�Na contram�o do Brasil, �rg�o regulador dos Estados Unidos deve propor cobran�a adicional por internet mais r�pida � medida que o Brasil d� um passo hist�rico rumo ao livre acesso � internet, o governo americano corre em dire��o contr�ria. A Comiss�o Federal de Comunica��o (FCC, em ingl�s), �rg�o regulador de telecomunica��es nos Estados Unidos, vai propor que os provedores de rede cobrem das empresas pela entrega mais r�pida de conte�do aos internautas. saiba mais Brasil sedia evento para discutir quem manda na internet Senado aprova Marco Civil da Internet Governo usar� urg�ncia constitucional para agilizar Marco Civil Dilma anunciar� Marco Civil mundial em evento na capital paulista Marco Civil ser� votado rapidamente, diz Renan Leia mais sobre Marco Civil da Internet A proposta fere a chamada neutralidade de rede, um dos pilares do Marco Civil da Internet, sancionado pela presidente Dilma Rousseff na �ltima ter�a-feira (23), durante o Forum Mundial, em S�o Paulo. Este princ�pio garante que todas as informa��es trafeguem na mesma velocidade, permitindo um acesso igualit�rio e livre de interfer�ncias. Em artigo publicado no jornal El Pa�s esta semana, a jornalista Cristina Pereda afirma que as novas regras, se aprovadas em vota��o no pr�ximo dia 15 de maio, “podem criar uma internet de ‘duas velocidades’, na qual as grandes corpora��es v�o pagar para que seus conte�dos tenham maior velocidade”. Mas as pr�prias companhias de internet – em tese as mais beneficiadas pela medida – uniram-se � imprensa americana em defesa da igualdade de acesso. Uma delas foi a Netflix, servi�o de streaming de v�deos, cujo presidente, Reed Hastings, defendeu em mar�o que os provedores deveriam fornecer redes adequadas gratuitamente para as empresas de conte�do. Em acusa��o contra a Comcast, provedora de televis�o a cabo e internet, a Netflix criticou publicamente a empresa por ter defendido a desigualdade de tr�fego na internet. At� o Washington Post, um dos jornais do dono da Amazon, Jeff Bezos – outro potencial favorecido pela proposta – condenou o fim da neutralidade. “Grandes empresas como Google e Facebook teriam uma vantagem injusta sobre startups sem condi��es de pagar pela prioridade de acesso”, afirmou um artigo publicado no peri�dico. Segundo Cristina, do El Pa�s, a neutralidade de rede “sempre foi defendida como garantia da inova��o e florescimento de empresas e iniciativas na rede, inclu�das a� muitas delas que, como Google, Facebook e Amazon, lideraram o setor poucos anos depois de nascerem em um rinc�o qualquer do pa�s”. O criador do conceito neutralidade de rede e especialista em regula��o na internet, Tim Wu, emitiu uma das cr�ticas mais severas � iniciativa do governo americano, afirmando na revista The New Yorker que as novas regras podem ser definidas como discriminat�rias e que podem “converter a internet em um reflexo de outros �mbitos da sociedade americana: de tal desigualdade que amea�a profundamente o progresso a longo prazo”. Um dos jornais mais influentes dos Estados Unidos, o New York Times, tamb�m condenou a proposta do FCC em um editorial publicado na sexta-feira. “[As medidas] dariam �s empresas provedoras de banda larga o direito de criar o equivalente digital a trilhos para ve�culos com grande tr�fego, como Netflix ou Amazon, que tenham suficiente riqueza para pagar pelo ped�gio”. No Brasil, a neutralidade de rede foi um dos entraves que atrasaram a vota��o do Marco Civil. O deputado Eduardo Cunha, l�der do PMDB (Partido do Movimento Democr�tico Brasileiro) na C�mara, apresentou uma emenda para tentar derrubar o conceito do projeto, mas o Congresso aprovou o texto sem restri��es, dando margem a futuras corre��es.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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