BERLIM - Se o uso do burquíni é controverso na França, uma pesquisa divulgada ontem mostra que a grande maioria dos alemães é favorável à proibição, ao menos parcial, dos véus que cobrem o rosto adotados por uma parcela das muçulmanas que vivem no país. Segundo uma sondagem da agência Infratest dimap para a TV ARD, 81% deles estariam a favor de uma proibição geral ou parcial do niqab (que cobre parte do rosto) ou da burca (que o esconde completamente) — 51% apoiam o veto total, e 30%, um parcial. Apenas 15% se opõem a qualquer tipo de proibição dos véus.
A pesquisa questionou ainda as prioridades para o último ano da atual legislatura. A segurança interna e a luta contra o terrorismo aparecem em primeiro lugar, com apoio de 25% dos votantes.
Na semana passada, o bloco conservador formado pela União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã (CSU) — do qual a chanceler federal Angela Merkel faz parte — propôs vetar a burca e outros véus em escolas públicas, tribunais, no transporte público e até ao volante. O ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, no entanto, rejeitou uma proibição geral em público que, segundo ele, “se chocaria com a Constituição”.