Publicada em 23 de Novembro de 2015 �s 09h06
Museu Ozildo Albano, em Picos. (Foto:Ascom Secult)
Em homenagem ao Dia da Cultura Picoense, comemorado em 20 de novembro, o museu Ozildo Albano, em Picos, está com uma programação especial que se estende até a sexta-feira (27). A data é uma homenagem ao jurista e professor Ozildo Albano, considerado um historiador nato e “garimpeiro de memórias”, que viveu a favor da preservação da cultura picoense.
Para a organização do evento, comemorar o dia do nascimento de Ozildo Albano (20 de novembro) é refletir sobre o trabalho dedicado por ele para adquirir, reunir, estudar, conservar e divulgar o variado acervo do museu que leva o seu nome. É lutar pela preservação deste patrimônio histórico-cultural, tão importante para o território do Vale Guaribas.
“Certamente esse acervo teria se perdido com o tempo, se não fosse a paixão de Ozildo. Todas as peças são cuidadosamente conservadas, não só pelo valor histórico, mas pelo valor sentimental que elas possuem”, diz o presidente da Associação dos Amigos do Museu Ozildo Albano (AAMOA), Gustavo Albano, sobrinho do historiador. Até sexta-feira (27), serão realizadas visitas mediadas no museu, de 8 às 11h. Na terça-feira (24), tem a exibição do filme "Senhora dos Remédios", de Flávio Guedes com produção de Jesualdo Alves, baseado na peça "O Auto da chegada da imagem de Nossa Senhora dos Remédios a Picos", de Mundica Fontes e Ozildo Albano. Após a exibição, haverá bate-papo com a produção, atores e diretores do filme. Na quarta-feira (25), tem bate-papo com "Os mímicos da alegria", relembrando a trajetória de nove anos do grupo. No dia 26, quinta-feira, tem exibição do documentário sobre a Lezeira (expressão cultural vivenciada na comunidade quilombola de Costaneira - Paquetá-PI), a partir das 14h. Na sexta-feira (27), a programação será encerrada às 14h com exibição do documentário "Samba de Cumbuca", expressão cultural vivenciada na comunidade quilombola Salinas, no município de Campinas do Piauí. Histórico
O museu foi criado em 1968 por iniciativa de José Albano de Macedo e conta com arquivo, biblioteca, fonoteca e fototeca, além de reunir no acervo armas, mobílias, documentos referentes à compra e venda de escravos, à Batalha do Genipapo, à Guerra dos Balaios, às eleições do município de Picos e sobre a administração de Oeiras quando capital da província do Piauí. O espaço reúne peças da época colonial, do Império e da República, além de contar parte da história da cidade. Em 1999, o museu passou a ocupar sua sede atual, resultado de um comodato feito entre familiares e o Governo do Estado. O Museu Ozildo Albano é uma das casas que fazem parte da Secretaria Estadual de Cultura (Secult). Acervo O presidente da Associação de Amigos do Museu Ozildo Albano, Gustavo Albano, afirma que o acervo presente na casa é tão rico que não há como ser exposto de uma só vez. “Como não podemos expor tudo, realizamos exposições. Além dos objetos adquiridos por Ozildo, há algumas doações. Hoje só podemos receber doações de objeto que tenha grande valor histórico”, diz. Gustavo lembra a dedicação do tio ao museu. "Era a vida dele. Ele era um apaixonado pela cultura", conclui.
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