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Mulheres protestam após estupro e morte de adolescentes na Índia

Publicada em 31 de Maio de 2014 �s 08h29


Mulheres protestam queimando representação do ministro chefe de Estado onde as garotas sofreram abuso e foram enforcadas na Índia Mulheres protestam queimando representação do ministro chefe de Estado onde as garotas sofreram abuso e foram enforcadas na Índia Imagem: Reprodução/G1Mulheres protestam queimando representação do ministro chefe de Estado onde as garotas sofreram abuso e foram enforcadas na Índia A polícia confirmou neste sábado (31) a prisão de dois homens que estariam envolvidos no estupro e enforcamento de duas adolescentes da casta considerada de intocáveis, os dalits, no norte da Índia. Até agora, cinco suspeitos foram detidos e outros dois continuam foragidos. O superintendente da polícia local, Atul Kumar Saxena, disse à agência indiana "PTI" que as prisões ocorreram durante a noite de sexta-feira e a manhã de sábado, no horário local. Ainda segundo o oficial, assim como os outros suspeitos que já haviam sido detidos, a dupla presa é da casta Yadav. saiba mais Após décadas de hegemonia, dinastia Nehru-Gandhi fica até sem a liderança da oposição Índia compra aeronaves militares e assina acordo com a Rússia Leia mais sobre Índia Essa casta baixa está acima dos intocáveis, grupo social que ocupa o último lugar no sistema de castas. As duas adolescentes, de 14 e 15 anos, que apareceram enforcadas na última quarta-feira (28) na cidade de Katra, no Estado de Uttar Pradesh, são dalits. Os policiais chamados Sarvesh e Chhatrapal foram suspensos e detidos por "conspiração criminosa" ao negar ajuda aos familiares das vítimas, que na noite de terça-feira (27) tinham descoberto que as adolescentes estavam presas em uma casa da cidade. "Chhatrapal nos disse que não registraria queixa nenhuma e que fôssemos embora. Disseram que nos matariam se insistíssemos em registrar uma ocorrência", contou ao jornal local "Indian Express" um dos irmãos das adolescentes. As jovens tinham sido raptadas por um terceiro policial, Awadhesh, e dois de seus irmãos – Pappu e Urvesh –, que foram presos e acusados de assassinato e estupro. "O papel da polícia em todo o caso é suspeito. Se os policiais tivessem atuado a tempo as meninas estariam vivas. Estavam conluiados com os acusados", acusou o pai de uma das vítimas ao "PTI". "Somos tão pobres que não esperamos que se faça justiça. A polícia nos pressionou para que mudemos nossas declarações sobre o crime", disse ao canal local "NDTV" um vizinho de uma das vítimas. A família das adolescentes pediu uma investigação independente, por não confiarem no chefe do governo regional, Akhilesh Yadav, que pertence à mesma casta dos acusados. Akhilesh, por sua vez, ordenou que se faça um "julgamento rápido" contra todos os detidos e que os parentes das vítimas sejam protegidos e indenizados com 500 mil rúpias (quase US$ 15 mil). Segundo o "Indian Express", os altos comandantes da polícia de Uttar Pradesh admitiram a "grave negligência" no caso.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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