Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que as mulheres de Teresina ganham em média R$ 654 a menos que os homens. De acordo com o estudo, a média de salário do homen que trabalha na capital é R$ 2.107, enquanto que a da mulher é R$ 1.453, valor 31% menor do que o do sexo masculino.
Essa diferença é uma constância em todo o Brasil, mas com disparidades menores. A média nacional do salário dos homens é R$ 2.119 e das mulheres é R$ 1.649, uma desproporção de R$ 470. Quando levado em conta todo o estado do Piauí, a desiguladade é pequena: R$ 1.339 para homens e R$ 1.128 para mulheres. As informações, tabaludas pelo G1, foram divulgadas no dia 17 e se referem ao segundo trimestre de 2016 em comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo o economista Fritz Moura, esta diferença é consequência de questões culturais em que se espera que a mulher cuide da casa e o homem busque o sustento da família.
“O trabalho da mulher seria, nesta perspectiva, um bico. A mulher fica mais tempo improdutiva devido à gravidez e complicações de sua realidade como mãe, mulher e dona de casa. Sendo, assim, desprestigiada no mercado de trabalho. Tal preconceito é um mito que está sendo derrubado, mas que ainda resiste em nossa cultura. A mulher, por definição, trabalha muito mais horas que os homens e, portanto, são muito mais produtivas. Só que o trabalho que fazem não recebe o merecido valor”, explicou.
A pesquisa mostrou ainda que apenas 51,9% das mulheres teresinenses aptas para o trabalho estão empregadas. Esse percentual é maior entre os homens: R$ 67,7%. Em escala estadual, os números apontam que apenas 40,4% das piauienses e 61,7 dos homens no estado estão trabalhando.
“Esta é uma das pesquisas mais amplas que o IBGE tem que fala de vários itens, entre ela sobre empregabilidade. É importante porque serve inclusive para ajudar o governo na implantação de novas políticas públicas. Essa pesquisa faz um retrato da situação de empregos, onde está sendo a maior queda de atividades ou em quais áreas estão tendo crescimento apesar da crise, e isso ajuda a sociedade a visualizar e motivar a ver que determinada atividade está tendo mais empregos”, disse o supervisor de disseminação de informações do IBGE no Piauí, Heyder Mendes.
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