A Polícia Civil concluiu o inquérito nesta quinta-feira (6) e indiciou a mulher suspeita de matar colega a golpes de tesoura por homicídio duplamente qualificado. A vítima Silvana Oliveira Lima, 35 anos, morreu no dia 1º de agosto após passar três dias internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
No inquérito policial, a polícia concluiu que o crime foi um homicídio com duas qualificadoras. A primeira que impediu a defesa da vítima e a segunda foi o meio cruel como ocorreu o crime.
"As testemunhas confirmaram que a vítima não teve como se defender. As câmeras de segurança mostram a Silvana entrando e saindo da sala, onde estava a suspeita. Em seguida, ela foi atacada pela colega com puxões de cabelo e golpes de tesoura", contou a delegada Luana Alves, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A segunda qualificadora do crime foi comprovada pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML), que apontou golpes no rosto, mãos, cabeça e outras partes do corpo da vítima. Além disso, a tesoura usada no crime tinha fios de cabelo.
Segundo a delegada Luana Alves, a suspeita escreveu um bilhete contando que estava se sentido perseguida e acusada de roubo na loja em que trabalhava. O papel foi apreendido no auto da prisão em flagrante.
"Conversamos com a proprietária e funcionários da loja. Eles contaram que não há indícios de furto de valores e nem de peças do estabelecimento. Era um sentimento que a suspeita tinha, mas que não condizia com a realidade", destacou a delegada.
‘Botei para matar’, teria dito suspeita
Segundo o delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador do DHPP, Silvana conseguiu sair da sala depois do ataque e, bastante ferida, foi socorrida por outros colegas de trabalho. O local onde a vítima e a suspeita trabalham fica em frente à Central de Flagrantes, no Centro de Teresina, e os policiais foram rapidamente acionados.
A suspeita foi presa em flagrante. De acordo com o delegado Barêtta, ela se recusou a falar sobre o crime.
“A única coisa que ela teria falado para algumas testemunhas, logo depois do crime, foi ‘botei para matar’”, disse o delegado.