Dois anos após o assassinato de Epaminondas Coutinho Feitosa em Picos, teve início nesta terça-feira (17) o julgamento da viúva da vítima, Antônia de Sousa, acusada de ter encomendado o homicídio. O juri popular teve início no fim da manhã e não tem previsão de encerramento.
A ex-mulher demonstrava tranquilidade no início do julgamento, mas logo depois começou a chorar. Além da suspeita, serão ouvidas três testemunhas de defesa e três da acusação. Dentre estas últimas está o delegado que presidiu o inquérito policial, Tales Moura.
O empresário Epaminondas Coutinho, de 34 anos, foi morto no dia 8 de junho de 2013 na cidade de Picos, a 310 quilômetros ao Sul de Teresina. A vítima, que era chefe da Junta Militar em Massapê do Piauí, chegava em casa quando foi surpreendido pelos assassinos. Epaminondas era casado e pai de um filho.
Logo no início das investigações, a polícia prendeu dois homens suspeitos de terem cometido o crime e um que teria agenciado os matadores. Em depoimento, os três apontaram como mandante Antônia de Sousa, então esposa da vítima.
Após a finalização do inquérito, a mulher foi presa e encaminhada para a penitenciária feminina em Picos, onde permaneceu até hoje. Os outros três suspeitos identificados como Tiago Osório Cavalcante, que seria o agenciador da morte, José Manoel dos Santos Matos, o Santinho, e Irinaldo José do Nascimento, o Tetê, assassinos confessos, estão na Penitenciária João de Deus Barros, também em Picos.
A sala do júri da 5ª Vara Criminal ficou lotada de familiares e amigos da vítima que vestiam camisas com a frase ‘Confiamos no poder da justiça’. O julgamento é presidido pelo juíza Nilcimar Rodrigues. A Polícia Militar reforçou a segurança no local.