Publicada em 19 de Maio de 2015 �s 15h40
O Estádio Governador Alberto Tavares Silva, o Albertão, passou por uma vistoria realizada pelo Ministério Público Estadual, na manhã desta terça-feira (19), a fim de verificar o andamento das obras de acessibilidade. O órgão detectou um progresso nas instalações, mas determina melhoras. A fiscalização foi feita com o acompanhamento de representantes da Fundação dos Esportes do Piauí (Fundespi) e da Secretária Estadual Para Inclusão da Pessoa com deficiência Física (Seid).
“Ainda faltam algumas coisas para garantir a acessibilidade. Eles (Fundespi) me disseram que já estão fazendo os cálculos para abrir o processo licitatório porque o contrato com a empresa que estava com a obra terminou e o serviço não foi concluído. Então, estaremos conversando com a Fundespi para ver essa questão de prazo, mas hoje a pessoa com deficiência, principalmente cadeirante, que queria vir a um espetáculo aqui no Albertão, já pode vir. Considero esse espaço muito bom, acessível, com toda a condição de receber um deficiente físico”, disse a promotora do MP, Marlucia Evaristo.
O secretário estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência, Mauro Eduardo, também acompanhou a vistoria e aprovou as instalações. “Podemos dizer que hoje, o que era um sonho, vira realidade. Antes os deficientes não podiam vir ao Estádio Albertão, mas hoje isso é possível, graças ao Governo do Estado que preza pela acessibilidade”, declarou.
Apesar da aprovação, algumas exigências ainda devem ser cumpridas para que a praça esportiva esteja totalmente adequada. “O nosso próximo passo é abrir um novo processo licitatório para a conclusão do serviço. Faltam concluir a plataforma elevatória, o piso tátil, o corrimão para as rampas, a comunicação visual, os assessórios para os banheiros. Está previsto também a acessibilidade do estacionamento. Depois de orçada, vamos abrir a licitação e, assim, teremos uma previsão de encerramento", declara a gerente técnica da Fundespi, Socorro Castelo Branco.
A visita também contou com representantes de associações que lutam pelos direitos das pessoas com deficiências físicas e auditivas, como a Associação Piauiense dos Deficientes Físicos de Teresina (Adeft), Associação dos Surdos de Teresina (ASTE) e a Associação dos Cadeirantes do Município de Teresina (Ascamte). “Contemplou aquilo que nós sempre cobramos que é a acessibilidade, pra que realmente possamos ir e o nosso direito de ser respeitado. Dentro das normas brasileiras, por ser edificação muito antiga, as adequações estão satisfatórias”, finalizou o presidente da ADEFT, José Nilton.
No prazo de 20 dias, a Fundespi deve finalizar o processo de orçamento em pouco menos de um mês. Logo depois, o processo licitatório será feito para que as obras sejam concluídas. A última vistoria ocorreu em janeiro deste ano para analisar as condições de campo e de capacidade para comportar os jogos da Copa do Nordeste de Futebol.