O promotor de Justiça Nivaldo Ribeiro recomendou nesta quinta-feira (3) à Prefeitura de Teresina suspender o decreto que autoriza a cobrança de bandeira 2 nos táxis da capital durante o mês de dezembro. Para ele, o aumento de 20% na tarifa é abusiva e caso o prefeito não atenda a solicitação, o Ministério Público irá entrar com uma ação na justiça.
Durante a audiência pública com os taxistas, o promotor avaliou ser legal aumentar a tarifa o ano todo, ao invés de somente em dezembro. "Pegar o mês de dezembro e transformar em uma tarifa onerosa para o consumidor nós não concordamos. Esse decreto fere o direito do consumidor. A lei de economia popular diz que aumento em momentos de crise é crime", declarou o promotor.
Para o promotor Nivaldo Ribeiro, o decreto não garante direito a nenhuma profissão, que isto pode ser feito só com um projeto de lei. Ele sugeriu que os taxistas devem regularizar a profissão e legalizar o serviço, para depois solicitarem algo na Câmara de Vereadores.
Para o presidente da Associação de Taxistas, Pedro Ferreira, a categoria entende que o aumento no ano todo será mais oneroso para o cliente. Diante da decisão, os profissionais vão organizar uma planilha de custos para ver a viabilidade da proposta dada pelo promotor. Quanto à suspensão do decreto, ele falou que cabe ao prefeito derrubar o decreto.
"Vamos fazer uma planilha para mostrar que é mais oneroso para o consumidor ser cobrado o ano todo, do que só em dezembro. Quanto ao pedido de suspensão do item do decreto, cabe ao prefeito analisar o pedido, mas acredto que não será suspenso", declarou o advogado da Associação dos Taxistas, Rafael Machado.