Quem foi aos postos de recarga de créditos do transporte público de Teresina já teve que pagar mais caro, os R$ 2,75 autorizados pelo prefeito Firmino Filho, na quarta-feira (6). O Ministério Público do Estado do Piauí quer saber através de custos, gastos e lucros das empresas se o reajuste é compatível ao serviço oferecido pelo sistema.
O Ministério Público está de olho no reajuste das passagens de ônibus da capital. O órgão solicitou e aguarda um relatório da Prefeitura de Teresina com relação de custos, gastos e lucros das empresas que exploram o serviço.
“Quando a Prefeitura desconsidera os valores propostos pela Superintendência de Transporte e Trânsito de Teresina (Strans) de acordo com a planilha, ela, implicitamente, reconhece os argumentos do Minsitério Público feito ao longo destes anos. E reconhece ainda que o sistema pode operar com um valor menor daquilo que estabelecido na planilha”, argumentou o promotor Fernando Santos.
Os principais afetados são as famílias que recebem até um salário mínimo. Como a da dona de casa Cristina de Sousa, que só tem visto a filha aos finais de semana, pois não tem dinheiro suficiente para pagar passagens de ônibus. A filha mora com avó, próximo à creche onde estuda.
“Dinheiro está difícil. Se antes a gente dava um jeito de conseguir o dinheiro da passagem, mas agora nem isso não tem condição”, afirmou Cristina.
De acordo com a planilha elaborada pelo Conselho de Transporte Coletivo da capital solicitava que a passagem de ônibus em Teresina fosse de R$ 2,83 e meia-passagem R$ 1,18. O prefeito Firmino Filho autorizou o reajuste de R$ 2,50 para R$ 2,75 e congelou a meia-passagem em R$ 1,05.