O Ministério Público de São Paulo informou, na noite desta quarta-feira (13), que vai investigar em que circunstâncias ocorreram as dez mortes do massacre em Suzano. O trabalho será realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O objetivo é apurar a possível existência de organização criminosa que tenha colaborado para "eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios", diz o órgão. O termo terrorismo doméstico é usado para definir atentados terroristas cometidos por cidadãos contra o seu próprio povo ou governo.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi instaurado nesta quarta-feira (13). Mais cedo, o promotor Rafael Ribeiro do Val já tinha sido designado pelo procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, para acompanhar o caso.
Um adolescente e um homem encapuzados invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta quarta-feira (13) e abriram fogo contra alunos e funcionárias. Eles mataram sete pessoas, sendo cinco alunos, uma inspetora e uma coordenadora pedagógica do colégio. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou.
Pouco antes do massacre, a dupla havia atirado contra o proprietário de uma loja da região, que morreu horas depois. Outras 11 pessoas estão internadas.
Os assassinos – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 – eram ex-alunos do colégio. A investigação aponta que, depois do ataque, ainda dentro da escola, Guilherme matou Henrique e, em seguida, se suicidou. A polícia diz que os dois tinham um "pacto" segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.
Ainda não se sabe a motivação do crime. Foram feitas buscas na casa dos assassinos, e a polícia recolheu pertences dos dois.
Os mortos são:
Caio Oliveira, 15 anos, estudante
Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos, estudante
Douglas Murilo Celestino, 16 anos, estudante
Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, agente de organização escolar
Jorge Antonio de Moraes, 51 anos, comerciante, morto antes da entrada dos assassinos na escola; ele é tio de Guilherme, um dos assassinos
Kaio Lucas da Costa Limeira, 15 anos, estudante
Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, coordenadora pedagógica
Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos, estudante
Os feridos são:
Adna Isabella Bezerra de Paula, 16 anos, estudante
Anderson Carrilho de Brito, 15 anos, estudante
Beatriz Gonçalves Fernandes, 15 anos, estudante
Guilherme Ramos do Amaral, 14 anos, estudante
Jenifer Silva Cavalcanti
José Vitor Ramos Lemos, estudante
Leonardo Martinez Santos
Leonardo Vinicius Santa Rosa, 20 anos
Leticia de Melo Nunes
Murilo Gomes Louro Benite, 15 anos, estudante
Samuel Silva Felix