O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Público (Sintetro) decidiu suspender a paralisação de motoristas e cobradores de Teresina, iniciada às 6h desta segunda-feira (27). Segundo o presidente do Sintetro, Fernando Soares, as empresas anunciaram durante reunião esta noite um acordo individual aos trabalhadores e os ônibus voltam a circular nesta terça-feira (28).
"A diretoria do sindicato decidiu suspender a paralisação. Todos os funcionários escalados devem se dirigir aos seus postos de trabalho nesta terça-feira. As empresas, através do Setut, formaram um acordo individual em cima da MP-936, só que ele é individual, cada trabalhador deve assinar o seu próprio acordo", confirmou Fernando Soares.
Na manhã desta segunda-feira (27), nenhum ônibus saiu das garagens das empresas. A categoria reivindica o pagamento de rescisões e salários dos trabalhadores. O G1 entrou em contato com o sindicato das empresas, que informou que ainda vai se pronunciar.O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (Setut) informou em nota que foi surpreendida pela paralisação, que segundo o órgão, não teria sido oficializada previamente.
O presidente disse que há motoristas e cobradores que foram demitidos durante o período de quarentena e não teriam recebido rescisões ou recebido de forma parcelados. Alguns ainda não estariam conseguindo dar entrada no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Ao sindicato, as empresas teriam explicado que não têm dinheiro para regularizar todas as situações. As frotas foram reduzidas em 70%, e o fluxo de passageiros desde o início das medidas de isolamento social em Teresina caiu cerca de 90%.
Isolamento social e decretos de calamidade
Para evitar a contaminação pelo vírus, o isolamento social e medidas emergenciais foram determinadas por meio de decretos do governo do estado e das prefeituras, como na capital piauiense, para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas.
Policiais fazem abordagens nas fronteiras do estado a ônibus e veículos particulares. Escolas, universidades e a maior parte do comércio, assim como serviços públicos, suspenderam as atividades. Os decretos preveem que quem descumprir as regras pode ser penalizado com multa ou até prisão.