Os motoristas e cobradores do sistema de transporte coletivo de Teresina cruzaram os braços por duas horas e meia na tarde desta sexta-feira (19). A categoria fez a paralisação para reivindicar o pagamento do reajuste que foi acordado entre a categoria e os empresários, mas que não foi pago. O ato congestionou o trânsito no Centro de Teresina e deixou paradas lotadas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários (SINTETRO), Fernando Feijão, o reajuste ficou para ser pago em fevereiro, mas o salário foi pago sem o novo valor. “Fizemos essa manifestação parta cobrar o valor que deixou de ser pago. Foi uma forma encontrada para pressionar os empresários”, disse.
Os coletivos foram ficaram parados, sobretudo, nos principais pontos de ônibus e vias do Centro de Teresina. Nas paradas, o que não faltou foi gente indignada e houve tumulto das pessoas que tinham acabado de subir nos coletivos e ficaram parados dentro dos veículos por conta do protesto.
A dona de casa Francisca Miranda, de 41 anos, foi a Centro para marcar uma consulta médica e foi pega de surpresa pela paralisação. “É um absurdo o que a gente, que depende do transporte coletivo, passa. Como se não bastasse, não dia a dia, os ônibus lotados e velhos, ainda temos que passar por isso”, disse ela que esperava um coletivo para ir para o Parque Brasil, na Zona Norte.
Cobrador há 10 anos, Francisco Soares de Oliveira, diz que a paralisação dos serviços é a forma como o trabalhador rodoviário tem de reivindicar seus direitos. “Como toda classe de trabalhadores, a gente tem o direito de reivindicar. Como na saúde, que para de atender, o meio que a gente tem é parar os ônibus. Infelizmente, a sociedade é quem paga, mas nós trabalhamos muito e ganhamos pouco”, afirmou.
O G1 tentou falar com a assessoria do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) por telefone, mas ninguém foi encontrado.