Os três sobreviventes do acidente envolvendo um ônibus e um caminhão-tanque na BR-316 no Piauí seguem internados no Hospital de Urgência de Teresina e de acordo com a direção da unidade de saúde, todos inspiram cuidados porque ainda correm risco de morte. Segundo o médico Gilberto Albuquerque, o caso considerado mais grave é do motorista do ônibus Francisco José do Espírito Santo, que teve queimaduras de primeiro e segundo grau por todo o corpo, traumatismo craniano e apresenta uma hemorragia que ainda não foi controlada.
Ainda de acordo com o diretor do hospital, as três pessoas inalaram bastante fumaça e correm risco de apresentar embolia (obstrução de vasos sanguíneos) já que sofreram vários traumas. Entre os pacientes está uma menina de 5 anos identificada como Vitótia, salva após ser arremessada da janela do ônibus pelo próprio pai depois da colisão e instantes antes da explosão. A criança continua muito agitada e segundo a equipe médica que a acompanha, a todo momento chama pelo nome do pai, um dos mortos no acidente.
“Os três pacientes devem ser acompanhados por mais uma semana para sabermos se a fumaça não comprometeu os pulmões. Há complicações por conta da inalação dessa fuligem e os três permanecem isolados”, informou Gilberto Albuquerque.
José Carlos Alves de Andrade, um dos passageiros do ônibus, teve múltiplas fraturas e ainda na segunda-feira (15) passou por cirurgia, mas os médicos aguardam para repetir o procedimento.
Familiares da menina Vitória devem chegar por volta das 12h desta terça-feira (16) para acompanhá-la no hospital. Por enquanto, a criança está sob os cuidados da equipe médica e passa por acompanhamento psicológico porque está muito assustada com o acidente.
A colisão que aconteceu por volta das 10h da segunda-feira envolveu um ônibus da empresa Transbrasiliana que saiu de Goiânia com destino a Teresina. O acidente ocorreu entre as cidades de Monsenhor Gil e Lagoa do Piauí e deixou sete pessoas mortas, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Familiares permanecem no Instituto Médico Legal (IML) para fazer o reconhecimento dos corpos.
Sobrevivente do acidente na BR-316 chega
ao HUT (Foto: TV Antares)