Moaci Moura da Silva Júnior se entregou na tarde desta quinta-feira (8) na Central de Flagrantes de Teresina, após a Justiça decretar a prisão preventiva dele. O motorista é acusado de provocar a colisão que matou os irmãos Bruno Queiroz e Junior Araújo e feriu o jornalista Jader Damasceno.
Segundo a delegada Ana Luiza, coordenadora da Central, Moaci chegou por volta das 14h30 e ficará preso no local até ser encaminhado para audiência de custódia nesta sexta-feira (9). O G1 entrou em contato com o advogado do acusado, Eduardo Faustino, mas ele não foi encontrado para comentar sobre o caso.
"O Moaci deu entrada aqui em cumprimento a decisão judicial, mandado de prisão preventiva expedido pelo desembargador Sebastião Ribeiro Martins. Ele guardará aqui até a apresentação para audiência de custódia nesta sexta-feira", informou a delegada.
No decreto de prisão preventiva contra Moaci Moura, o autor da decisão, o desembargador Sebastião Ribeiro Martins, cita a postagem, em que um amigo do acusado publicou a foto dos dois juntos acompanhado da legenda: “Meu amigo véi vai fazer falta no Piauí”.
Na decisão o desembargador Sebastião escreveu: “[...] a publicação em rede social comprova o tom de despedida utilizado, demonstrando que o acusado estaria se ausentando não só da Comarca de Teresina, mas do próprio Estado”.
Moaci respondia o processo em liberdade, mas deveria obedecer a uma série de medidas cautelares. Entre as proibições estavam de se ausentar de Teresina sem uma prévia autorização da Justiça, frequentar bares e casas noturnas em período determinado pela justiça.
Em junho, a advogada de Jader Damasceno, Jacqueline Carvalho, pediu a prisão preventiva de Moaci Moura da Silva Júnior por descumprimento de medidas cautelares. Jaqueline disse ao G1 à época que a publicação em uma rede social provava que o réu estaria se despedindo do Piauí.
A colisão aconteceu na madrugada de 27 de junho de 2016, no cruzamento da Avenida Miguel Rosa e Rua Jacob de Almendra, Centro de Teresina. Bruno Queiroz morreu na hora, e seu irmão Francisco das Chagas Júnior teve morte cerebral três dias depois. Moaci teve sua prisão decretada no dia 21 de outubro, e foi solto pela Justiça no dia 1 de dezembro de 2016.