Morre Nadine Gordimer, escritora que quis mudar a �frica do Sul com sua obra

Publicada em 14 de Julho de 2014 �s 15h44

A voz liter�ria contra o apartheid, Nadine Gordimer, morreu aos 90 anos na �frica do Sul, pa�s onde nasceu e pelo qual se manifestou moral e politicamente em todas suas obras para conseguir uma mudan�a social. Imagem: Divulga��oClique para ampliar Ganhadora do Pr�mio Nobel de Literatura em 1991, a sul-africana se transformou na primeira mulher a vencer desde 1966 e na principal representante contempor�nea das letras sul-africanas. No domingo passado, a ativista "antiapartheid" morreu em sua casa de Johanesburgo, ao lado de seus filhos ap�s sofrer uma breve doen�a, segundo informou hoje sua fam�lia. A escritora nasceu em 20 de novembro de 1923 em Springs, uma cidade de voca��o mineradora pr�xima a Johanesburgo, filha de um let�o e de uma brit�nica. Sua longa carreira come�ou aos nove anos e com apenas 15 publicou seu primeiro conto para a revista "F�rum".�Embora no in�cio preferisse os contos, em 1953 publicou seu primeiro romance, "The Lying Days", que teve excelente recep��o no mundo liter�rio. Com seus contos e romances, a sul-africana foi reconhecida por todo o mundo como uma das vozes mais cr�ticas e poderosas contra a segrega��o racial que a �frica do Sul sofreu quando a minoria branca dirigia o pa�s. "Algumas pessoas dizem que ganhei o pr�mio n�o pelo que escrevi, mas por minha pol�tica. Mas eu sou uma escritora. Essa � minha raz�o para seguir vivendo", manifestou a sul-africana ap�s receber o Nobel. Sua luta por uma nova democracia em seu pa�s tamb�m lhe rendeu inimigos e levou o governo do "apartheid" a proibir tr�s de seus livros: "Um mundo de estranhos", "O pessoal de July" e "A filha de Burger". Nesse �ltimo, Gordimer explorou os sentimentos divididos de uma mulher branca quando seu pai comunista foi preso por se opor ao sistema.�Em outra de suas novelas, a sul-africana abordou as tens�es entre os diferentes grupos raciais sob a r�gida segrega��o que sofria �frica do Sul. Mas, apesar das proibi��es de seu governo, a escritora nunca abandonou seu pa�s nem sua preocupa��o com os sul-africanos e inclusive fez parte do Congresso Nacional Africano e defendeu a causa da liberta��o de Nelson Mandela. De fato, Gordimer e o falecido ex-presidente sul-africano mantinham uma grande amizade que se consolidou quando Mandela saiu da pris�o e pediu para se reunir com a escritora.�Assim, Gordimer transformou sua literatura em uma arma de defesa dos direitos Humanos, contra a pobreza e a segrega��o racial na �frica do Sul, palco de sua vida e obra. Por isso, a autora de obras como "A hist�ria de meu filho" (1990) e "O conservador" (1974), tamb�m recebeu mais de 12 doutorados "honoris causa", entre outros, das universidades americanas de Yale, Harvard e Columbia; al�m da brit�nica de Cambridge; a belga de Leuven; e a sul-africana da Cidade do Cabo.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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