Nelson Prudêncio, medalhista olímpico no salto triplo
Imagem: Cléber Akamine/ Globoesporte.comClique para ampliarNelson Prudêncio, medalhista olímpico no salto triplo O Brasil perdeu, na madrugada desta sexta-feira, um dos maiores nomes do atletismo. Faleceu Nelson Prudêncio, medalha de prata no salto triplo nas Olimpíadas da Cidade do México (1968) e de bronze em Munique (1972). O ex-atleta sofria de câncer no pulmão e estava em estado de coma induzido na Casa de Saúde de São Carlos (SP).
O corpo do saltador está sendo velado na capela do Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em São Carlos. O enterro será às 16h30m, também desta sexta-feira.
Em comunicado, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) lamentou a morte de um dos principais nomes do esporte brasileiro. O presidente da entidade, Roberto Gesta de Melo, determinou sete dias de luto no atletismo nacional.
- O Brasil ficou menor. Em um país com poucos expoentes nas mais diferentes áreas de atividade, acabamos de perder uma das raras referências históricas de nosso desporto - disse o presidente, em comunicado.
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) também se manifestou através de nota, lamentando a notícia, e determinou um luto oficial de três dias.
Prudêncio, nascido em Lins (SP), tinha 68 anos e estava internado desde o dia 13 deste mês em consequência do estado avançado de um câncer no pulmão. Ele deixou dois filhos e a esposa, Maria Lúcia Saldanha Vianna Prudêncio.
Atualmente, trabalhava como professor Doutor na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde ministrava aulas no curso de Educação Física e também era vice-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo.
Imagem: Divulgação CBAtClique para ampliarO saltador foi um dos maiores ídolos do esporte brasileiro A doença do ex-saltador foi constatada no início desse mês. Uma forte crise de tosse fez o medalhista olímpico procurar os médicos. O diagnóstico de um câncer no pulmão pegou ele e a família de surpresa.
Na primeira medalha olímpica conquistada, na Cidade do México, Prudêncio esteve em uma das maiores disputas da história do salto triplo. Juntamente com o soviético Viktor Saneyev e o italiano Giuseppe Gentile, quebraram nove vezes o recorde mundial antes do resultado final, favorável ao soviético. Quatro anos mais tarde, voltou a subir no pódio dos Jogos Olímpicos, com um bronze, em Munique.