ovem palestino anota nome de criança morta durante conflito entre forças israelenses e do Hamas. Lista foi feita no campo de refugiados Aida
palestino anota nome de criança morta durante conflito entre forças israelenses e do Hamas. Lista foi feita no campo de refugiados Aida A queda de um míssil em um campo de refugiados de Gaza matou ao menos dez pessoas, entre elas oito crianças, e deixou 40 feridos de acordo com a agência de notícias Reuters. O ataque, que aconteceu nesta segunda-feira (28), foi no campo de refugiados de Al-Shati. A informação foi confirmada por médicos que atendem na região. Ainda nesta segunda, um outro míssil caiu no hospital Shifa, em Gaza, o maior do enclave palestino atingido até o momento. Mas de acordo com a agência France Presse e fontes médicas, não houve vítimas. Ainda de acordo com a France Presse, o exército de Israel atribuiu os bombardeios a "terroristas da Faixa de Gaza". "O hospital Shifa e o campo de refugiados de Shati foram atingidos por ataques fracassados de terroristas de Gaza", informaram as Forças Armadas israelenses em um comunicado. Mais tarde, um ataque com morteiros matou ao menos quatro pessoas no Sul de Israel, de acordo com a agência de notícias Reuters, citando autoridades médicas do país. Festa deu lugar ao luto Um dos dias mais alegres do calendário muçulmano, o feriado de Eid al-Fitr, foi marcado nesta segunda por lágrimas e luto na Faixa de Gaza, após três semanas de um impiedoso confronto entre Israel e militantes do Hamas. O feriado marca o fim do mês sagrado do Ramadã e normalmente é uma época de banquetes e diversão, presentes e festas, mesmo neste empobrecido e isolado enclave palestino. Mas estes não são tempos normais em Gaza. Em um Eid normal, as ruas de Gaza estariam cheias de crianças em suas roupas novas e recebendo doces de adultos. Fogos de artifício comemorativos estourariam no ar. Mas nesta segunda as vias estavam relativamente vazias e os nervos, acirrados. No maior hospital de Gaza, um grupo de jovens distribuiu doces para crianças feridas. “Como uma mãe se sente ao abrir seus olhos neste dia de Eid e não ver seu filho perto dela?”, disse Abir Shammaly, que perdeu um filho durante bombardeiro de Israel no distrito de Shejaia na semana passada. Em vez de celebrar com os vivos, Shammaly sentou-se perto da recém-cavada cova, acompanhando muitos outros moradores de Gaza que mostravam seu respeito às mais de mil pessoas mortas no confronto, muitas delas civis. Sua filha a acompanhava e, silenciosamente, colocou flores rosas e brancas no monte de terra. “O mundo está nos vendo, mas não nos sente. Por que eles desperdiçam as vidas de palestinos? Por que fazem isso conosco?”, disse Shammaly, que também perdeu sua casa no bombardeio de Shejaia, área que, segundo Israel, é o bastião do Hamas. Trégua Após três semanas de combates, muitas armas foram colocadas de lado nesta segunda-feira, com o Hamas anunciando uma trégua de 24 horas para coincidir com o Eid. Israel disse que atiraria apenas se sofresse ataques. O Estado judaico lançou sua ofensiva contra Gaza em 8 de julho com o objetivo de deter os disparos de foguetes feitos por militantes palestinos e de destruir uma rede secreta de túneis construída pelo Hamas nas áreas de fronteira. O Hamas exige o fim de um longo bloqueio egípcio-israelense a Gaza, que trouxe dificuldades econômicas para o território de 1,8 milhão de habitantes, para interromper o lançamento de foguetes contra Israel. Ao todo, 43 soldados israelenses foram mortos na luta e três civis também perderam a vida por conta dos foguetes palestinos.