Miss�o da ONU no Haiti enfrenta press�es

Publicada em 31 de Maio de 2014 �s 11h14

� Imagem: Clique para ampliar A miss�o da ONU no Haiti (Minustah), comandada militarmente pelo Brasil desde seu in�cio, completa neste domingo (1�) dez anos enfrentando a maior press�o internacional para seu t�rmino. Pa�ses ricos avaliam que os esfor�os e recursos empregados na na��o caribenha j� foram excessivos e que agora � o momento de mudar o foco. saiba mais Seca prolongada causa grave crise alimentar no Haiti, adverte ONU Dois anos ap�s terremoto, 520 mil pessoas continuam sem lar no Haiti Leia mais sobre Haiti A Minustah come�ou tr�s meses ap�s a turbul�ncia que resultou na queda do presidente Jean-Bertrand Aristide. Generais brasileiros estiveram no comando da parte militar em toda a sua hist�ria. O Brasil tamb�m sempre teve o maior contingente das tropas e respondeu pelas �reas mais importantes na capital, Porto Pr�ncipe, e no seu entorno. Hoje, h� 1.200 militares brasileiros no pa�s. Hoje, parte da comunidade internacional questiona os custos e benef�cios de manter miss�o militar no Haiti –pacificado, mas considerado inst�vel por causa da fr�gil situa��o econ�mica e pol�tica. Fontes no setor pol�tico da Minustah apontam que pa�ses com assento permanente no Conselho de Seguran�a pressionam para fortalecer outras miss�es da ONU –na L�bia, na Rep�blica Centro-Africana e no Sud�o do Sul. A avalia��o � que os novos gastos militares s� podem ser bancados eliminando outras fontes de disp�ndio. As miss�es escolhidas para serem reduzidas s�o as de Haiti, Lib�ria e Costa do Marfim. J� h� exemplos da mudan�a de prioridades. A Companhia de Engenharia Militar da Indon�sia, que atuava at� o m�s passado em Gona�ves (Haiti), ir� para a Rep�blica Centro-Africana nos pr�ximos dias. Tropas de pa�ses como o Paraguai devem fazer o mesmo no segundo semestre. "Houve muito progresso em rela��o � seguran�a e � estabilidade no Haiti. O Conselho de Seguran�a, ao decidir sobre o futuro da Minustah, tamb�m teria de levar em conta as demandas por miss�es de paz que est�o sendo tratadas na ONU", afirma Sandra Honor�, representante especial do secret�rio-geral da ONU, maior autoridade da organiza��o no Haiti. Honor� ressalta, no entanto, que a fase de "consolida��o" da miss�o no Haiti j� havia come�ado nos meses finais de 2012, quando teve in�cio a retirada do efetivo militar, em raz�o dos avan�os conquistados pela Minustah. TRANSI��O O futuro da miss�o vai ser decidido em outubro deste ano, quando o Conselho de Seguran�a discutir� a renova��o do mandato da miss�o e os "planos estrat�gicos". H� propostas de manuten��o apenas de miss�es de aconselhamento ao governo e de ajuda no di�logo nacional e outras que mant�m algum tipo de presen�a militar. O plano foi elaborado inicialmente para o per�odo ap�s janeiro de 2016 –o marco � a posse do futuro presidente haitiano, pois haver� elei��es em outubro de 2015. No entanto, a Folha apurou que pa�ses como EUA, Fran�a, Reino Unido e Austr�lia solicitaram estudos para uma "transi��o acelerada", j� a partir de outubro. Os pa�ses diretamente ligados � Minustah –como Brasil, Argentina e Chile– defendem mais cautela para a retirada das tropas. "A miss�o militar n�o deve se perpetuar, mas � preciso uma retirada de maneira consciente e bem planejada", diz o embaixador brasileiro no Haiti, Jos� Luiz Machado e Costa. "Se nos precipitarmos, corremos o risco de a comunidade internacional fracassar e precisar voltar num futuro pr�ximo."� � � �

� Siga-nos no Twitter

Tags:

Fonte: Vooz �|� Publicado por:

Comente atrav�s do Facebook

Mat�rias Relacionadas