Publicada em 17 de Julho de 2015 �s 16h41
O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, considera uma dos maiores desafios da administração pública a redução do déficit previdenciário, que pode inviabilizar os governos estaduais e a própria União. Uma das sugestões anunciadas pelo ministro para esse problema é a criação de regimes de previdências complementares nos Estados, que seriam geridos pelo Prev-Federação, um fundo de previdência administrado pela Caixa Econômica Federal.
Gabas elogiou o empenho do governo do Piauí na busca de alternativas para superar essas dificuldades. “Precisamos, de maneira muito tranquila, enfrentar o problema e não potencializá-lo. Impressiona a sensibilidade e a segurança com que a presidente Dilma enfrenta todas essas crises, financeira, política. Por isso, temos convicção de que vamos superar mais esse nevoeiro. Como diz a música, 'levando o barco devagar...', respeitando o regramento institucional e as particularidades de cada estado”, declarou..
Para o ministro, “reconhecer a gravidade do problema e buscar soluções para superá-lo já é um grande passo para alcançarmos nosso objetivo”. Gabas trouxe a Teresina quase toda equipe ministerial para debater a questão previdenciária com os representantes dos nove estados presentes ao 4º Encontro de Governadores do Nordeste, que acontece nesta sexta-feira (17), o auditório do Gran Hotel Arrey.
O ministro ressaltou que o Brasil tem um dos mais bem estruturados regimes próprios de previdência e um dos melhores sistemas de proteção social do mundo, que impressiona outras nações. O ministro citou os mais 5 milhões de empreendedores individuais que hoje recolhem para a presidência. “Nenhum governador vai deixar de pagar servidor ou aposentado, mas o poder do Estado de ampliar essa proteção social, os investimentos, tem se reduzido por conta dos gastos com previdência, isso em todos os estados da federação e não apenas no Nordeste”, acrescentou.
Eduardo Gabas propôs que os governos estaduais encaminhem às Assembleias Legislativas, projetos de lei criando regimes próprios complementares de Previdência, que serão geridos pela Caixa Econômica Federal, que já administra R$ 40 bilhões em ativos.
“O que se defende é a atualização das regras estabelecidas ainda no século passado, quando as características da população e do país eram completamente diferentes da atual. A expectativa de sobrevida do brasileiro aumentou cinco anos em uma década, fruto da melhoria da qualidade de vida, dos avanços sociais, tecnológicos e da própria medicina. Temos que buscar equações novas para solucionar o problema. Mas não faremos nada, nenhuma modificação que retire direitos dos trabalhadores”, garantiu.