Publicada em 15 de Abril de 2015 �s 18h35
O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Roberto Mangabeira Unger,se reunirá com o governador Wellington Dias e os gestores dos órgãos: Seduc, Seplan, Sedet, SDR, Seminper e CEPRO, nesta quinta-feira (16). A visita tem objetivo de buscar apoio no fortalecimento de construção de um federalismo cooperativo, para o desenho de um novo plano de desenvolvimento nacional.
Mangabeira reconhece a importância e potencial do Nordeste no empreendedorismo do cenário brasileiro e pretende fortalecer o espírito e a prática da reinvenção do Brasil, começando pelo Piauí.
“Desde a época de Celso Furtado, falta um projeto capaz de orientar o desenvolvimento do Nordeste e de vislumbrar nele, linha de frente do desenvolvimento do Brasil. Não há solução para o país sem solução para o Nordeste”, assegura o ministro Mangabeira ao explicar as ações e medidas que fazem parte do plano de desenvolvimento da região.
Em reunião com o governador do estado, Wellington Dias, com o prefeito de Teresina, Firmino Filho, senadores e deputados em Brasília, Mangabeira mostra a intenção de ampliar as oportunidades econômicas, acompanhada de uma revolução na educação pública. Para o ministro, essa revolução exige uma reorganização entre os entes federados. "Sem redesenhar o nosso federalismo e organizar a parceria do governo federal com os estados e municípios, não conseguiremos produzir esta mudança", diz o ministro. A mobilização pelo desenvolvimento sustentável e includente na região, Projeto Nordeste é um dos assuntos dominantes de um encontro.
Desenvolvimento do Nordeste.
Durante a primeira gestão (2007-2009) no comando da Secretaria, Mangabeira Unger manteve vários encontros com os governadores para tratar de alternativas para o desenvolvimento sustentável do Nordeste.
Novamente frente à Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira coloca o o Projeto Nordeste como prioridade, e propõe a maximizar esforços para adequação de um empreendedorismo emergente, vinculado a dezenas de milhares de pequenas e médias empresas.Esse grupo de batalhadores, segundo o ministro, "forma a segunda classe média, mestiça, que vem de baixo, luta para abrir e manter pequenos negócios , estuda à noite, filia-se a novas igrejas e a novos clubes e constrói cultura de autoajuda e de iniciativa."
Pátria Educadora
Mangabeira ressalta que o Brasil progrediu muito em ampliar o acesso ao ensino. O desafio é avançar em qualificação. Dentro deste contexto de necessidade emergencial de uma revolução educacional, foi anunciado pela presidenta Dilma Rousseff - em trabalho conjunto da SAE/PR com o Ministério da Educação - quatro pontos estratégicos do projeto de qualificação do ensino básico: a organização da cooperação federativa em educação, ou seja, a partir de estreita cooperação entre estados e municípios, aos moldes do SUS; reorientação do modelo curricular, onde o "enciclopedismo raso" deve ser substituído por um modelo de capacidade analítica dos alunos; formação de professores e diretores, com ações para qualificar o magistério na administração desta nova forma de ensinar e aproveitamento de novas tecnologias e práticas avançadas.