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A Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo autuou, nesta sexta-feira, a Companhia do Metropolitano (Metrô) pela demissão considerada abusiva de 42 metroviários na segunda-feira durante a greve da categoria. O valor da autuação é de cerca de R$ 8 mil e ainda cabe recurso. Para o auditor fiscal do trabalho Renato Bignami, o motivo alegado pelo Metrô nas dispensas dos metroviários, justa causa, foi “genérico”.
— Eles apenas alegaram, não comprovaram essa justa causa. Embasaram as demissões num artigo do Código Penal, de forma bastante genérica. O que mais chama a atenção é que os demitidos estavam envolvidos diretamente com a greve — salientou Bignami. saiba mais RJ: aeroviários protestam no acesso ao aeroporto do Galeão Aeroviários do Rio fazem paralisação de 24 horas a partir da 0h desta quinta Metroviários do Rio aceitam 8% de reajuste salarial e desistem de fazer greve Metroviários decidem suspender greve até quarta-feira Metroviários não chegam a acordo com governo de SP Leia mais sobre Greve
No início da semana, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que as demissões não foram por conta da greve, mas sim por depredação, vandalismo e invasão de estações.
— A empresa (Metrô) já tinha uma decisão judicial a seu favor. Ela precisava, sim, provocar o Judiciário para que cumprisse a decisão — acrescenta o auditor.
No domingo passado, em meio à paralisação dos metroviários por melhores salários, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou reajuste de 8,7% para a categoria. A Justiça do Trabalho também considerou, na ocasião, a greve abusiva e estipulou aumento da multa de R$ 100 mil para R$ 500 mil por dia caso a frota não fosse de 100% nos horários de pico.
O Metrô diz que as demissões não têm relação com a greve, e aconteceram “pelas atitutes abusivas adotadas durante a paralisação” pelos funcionários.