Familiares das vítimas do acidente aéreo que aconteceu há um ano no Aeroporto Petrônio Portela, em Teresina, se reuniram nesta terça-feira (16) no local do acidente para uma vigília em homenagem às vítimas. Reunidos, família e amigos se emocionaram ao lembrar dos jovens que estiveram envolvidos na queda da aeronave. Anacele Escórcio, mãe de uma das vítimas, hoje relembra com saudade do filho que perdeu.
“A dor, a perca, a saudade. É uma dor que não se apaga nem se esquece. Minha família está incompleta. Marcus era uma pessoa maravilhosa, um filho excelente e amado. Filho e homem”, comentou.
Anacele é mãe do professor de física e aluno de pilotagem Marcus Escórcio, uma das vítimas que estavam na aeronave que caiu. Hoje, ela mostra com carinho, a tatuagem que fez no braço com o nome do filho.
"Marquei o nome dele aqui no meu braço, mas a marca maior está no meu coração. Meu filho era um amor de pessoa. A saudade é tamanha que eu jamais esquecerei do meu filho. Claro, não queria que esse dia existisse. É triste, aconteceu num local em que Marcus passou os últimos dias", disse.
O pai Clésio José, também comentou emocionado e lembrou do filho e do sobrinho que perdeu no acidente. "Até hoje ainda não caiu a ficha. Eles eram jovens muito presentes na nossa vida. Estavam sempre nos visitando. Foi tudo muito rápido e a dor é imensurável. Eles fazem muita falta", desabafou.
Outros parentes e amigos das vítimas também se reuniram para prestar homenagens. Eles foram até o local do acidente e juntos, rezaram. Duas viaturas da Infraero acompanharam os familiares até o local.
Após a vigília, os familiares foram até a Igreja de São Benedito, na Avenida Frei Serafim, Centro da cidade, para celebrar a missa de um ano das mortes.
As investigações
Segundo informações dos familiares das vítimas, todo o processo de investigação feito pela Policia Federal já foi concluído. “Nós estamos esperando o resultado da Polícia Federal. Eles já finalizaram a investigação e disseram que só está faltando a perícia no motor da aeronave. Até lá só resta esperar”, disse Clésio José.
O delegado da Polícia Federal Alexandre Uchôa, que acompanha o caso de perto, disse que para a conclusão do inquérito ainda falta um exame pericial no motor da aeronave e que a instituição só se pronunciará sobre o caso após a apuração de todas as informações.
O acidente
Na noite do dia 16 de dezembro de 2013, um avião modelo Cessna 172 caiu no aeródromo do aeroporto Petrônio Portela, em Teresina, e pegou fogo próximo à cabeceira da pista. Quatro pessoas que estavam no monomotor morreram. Entre as vítimas estavam os jovens estudantes Marcus Escórcio, Guilherme Rodrigues e Marcos Ronald, além do piloto da identificado como Rodrigo Viana, que morava em Fortaleza e estaria em Teresina para ministrar curso prático de voo. Rodrigo era mineiro e prestava serviços para o Aeroclube de Fortaleza.